O secretário-geral Partido Socialista (PS) defendeu esta segunda-feira este é o tempo de as pessoas avançarem com as suas candidaturas às presidenciais e depois o PS decidirá o seu apoio, recusando voltar a cometer "o erro" de falar em nomes.

Pedro Nuno Santos foi um dos oradores na conferência que assinala o terceiro ano da CNN Portugal e foi questionado sobre os possíveis nomes de candidatos às eleições presidenciais de 2026.

"Temos que dar espaço a que as pessoas se disponibilizem e depois o PS decidirá quem apoiar. Temos como referências homens com a dimensão de Mário Soares e Jorge Sampaio que são referências para nós no momento que nós escolhermos quem vamos apoiar às próximas presidenciais", respondeu.

Questionado sobre se da lista dos putativos candidatos há algum que mereça a sua preferência, o líder do PS respondeu que cometeu o "erro uma vez na CNN de falar em nomes".

"Não vou falar de nomes. Temos tempo para que as pessoas se disponibilizem, para que o PS faça a sua reflexão e depois decida o seu apoio. Com serenidade, mas firmeza e com uma grande vontade de vencermos as presidenciais, já agora vencermos também a Câmara Municipal de Lisboa", disse.

Centeno, um "bom candidato"

Em causa a entrevista dada à TVI/CNN no início do mês de outubro, na qual Pedro Nuno Santos considerou que o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, seria um "bom candidato" a Presidente da República, mas que António José Seguro, António Vitorino ou Ana Gomes também são outros bons nomes.

Precisamente Mário Centeno, num painel antes do de Pedro Nuno Santos nesta conferência de esta segunda-feira, foi também questionado pelo jornalista inglês Richard Quest sobre uma eventual candidatura a Belém.

"Mudanças acontecem. Algumas vezes não são esperadas, outras vezes não são esperadas. Mudanças aconteceram na minha vida nos últimos 10 anos. Algumas delas foram inesperadas. Eu não temo a mudança", respondeu o governador do Banco de Portugal.

Clarificando que neste momento está "realmente focado" no seu trabalho como governador, Centeno lembrou a Quest que já o entrevistou como ministro das Finanças, como presidente do Eurogrupo e como governador".

"As minhas respostas foram sempre as mesmas e eu estou sempre focado no que estou a fazer no momento. É uma boa pergunta, mas a minha resposta é a mesma", disse apenas.

Numa entrevista a semana passada, o antigo líder do PS António José Seguro disse que estava a ponderar uma candidatura às próximas presidenciais.


Com LUSA