O coronel Tian Junli, porta-voz do Comando do Teatro do Sul do Exército Popular de Libertação da China (PLA), acusou hoje as Filipinas de estarem a utilizar "países offshore" para organizar "patrulhas conjuntas" na zona e acusou também o arquipélago de "espalhar reivindicações ilegais no Mar do Sul da China".

"Avisamos seriamente as Filipinas para pararem com a provocação de incidentes no Mar do Sul da China, com a escalada de tensões e com a introdução de forças externas para se apoiarem, pois tais ações estão condenadas ao fracasso", disse Tian através da rede social Weibo - semelhante ao X, que é censurado na China.

O porta-voz sublinhou que as tropas chinesas "mantêm um elevado nível de alerta" e irão "defender firmemente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China".

Esta patrulha militar coincidiu com uma visita a Manila do Secretário da Defesa dos Estados Unidos, que anunciou que Washington vai instalar armamento militar avançado, como mísseis anti-navio, para "reforçar a dissuasão" do arquipélago contra a China, num contexto de tensões territoriais crescentes entre Manila e Pequim.

O sistema de mísseis anti-navio será utilizado nas Filipinas durante os exercícios militares Balikatan, em abril.

Os Estados Unidos participam nestes exercícios, juntamente com outros países como a Austrália e o Japão, e o exercício do ano passado reuniu 16.000 soldados.

As Filipinas e a China mantêm um conflito de soberania crescente no Mar do Sul da China, onde os confrontos entre navios dos dois países se multiplicaram nos últimos meses.

Os Estados Unidos instalaram o seu sistema de mísseis de médio alcance Typhon em abril do ano passado, uma arma que tem provocado repetidas queixas de Pequim.

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