A polícia judiciária cabo-verdiana anunciou este sábado a prisão preventiva de um professor por indícios de burla, auxílio à emigração ilegal para Portugal e falsificação.

O homem de 49 anos é suspeito de "falsificar documentos fraudulentos para cidadãos interessados em obter vistos de longa duração para Portugal", numa investigação que teve início na capital, Praia, e culminou na detenção, no Tarrafal, norte da ilha de Santiago, na quarta-feira.

A prisão preventiva foi decretada em tribunal, na sexta-feira.

O detido já havia sido condenado por crimes de falsificação de documentos.

A PJ cabo-verdiana apreendeu documentos e recibos relacionados com a importação de carimbos e selos de instituições públicas e privadas, entre outros bens e equipamentos.

Além de burlas, o Procurador-Geral da República de Cabo Verde, Luís Landim, disse à Lusa, no último ano, que há denúncias que estão a ajudar a concluir a investigação a redes que cobram por serviços de facilitação de vistos para Portugal.

A procura é elevada, o que tem atraído muitos intermediários no processo.

Uma das investigações em curso no Ministério Público diz respeito ao açambarcamento de vagas para agendamento de vistos para Portugal, por parte de empresas que depois cobram valores diferenciados para prestar esse serviço, que se for tratado nos balcões públicos criados, para o efeito, é gratuito.