Um homem foi encontrado congelado, em 1977, numa cave localizada na cidade norte-americana da Pensilvânia e, até agora, a sua identidade permaneceu desconhecida, mas um volte-face no caso que já se dava como perdido permitiu descobrir a identidade do até então desconhecido.

Quase cinco décadas após a descoberta do intrigante cadáver, a polícia do estado da Pensilvânia apurou que o homem em questão é Nicholas Paul Grubb, que na época tinha 27 anos.

Mas desengane-se se acha que a tecnologia avançada desempenhou sozinha um papel determinante na identificação do "Homem do Pináculo", apelido inspirado no nome do pico das Montanhas Apalaches, perto do local onde Grubb foi encontrado.

O mistério com quase meio século foi desvendado por um detetive da Polícia Estadual da Pensilvânia que descobriu o elo que faltava vasculhando arquivos da época, revelou, na passada semana, o médico legista do condado de Berks, John Fielding, aos jornalistas numa conferência de imprensa, citado pela CNN Internacional.

Grubb morreu de overdose

A 16 de janeiro de 1977, um grupo de caminhantes encontrou o cadáver congelado de um homem numa gruta perto do cume conhecido como Pináculo, perto da cidade de Albany Township.

Na altura não foi possível identificar o cadáver com base na aparência, vestuário ou pertences, segundo George Holmes, médico legista adjunto do condado de Berks.

A causa da morte, de acordo com Holmes, terá sido uma overdose de drogas. Na época foram recolhidos registos dentários e as impressões digitais, que acabaram por desaparecer.

Em 2019, os registos dentários de Grubb ligaram-no a dois casos de pessoas desaparecidas nos estados da Flórida e Illinois, o que levou a que o seu corpo fosse exumado.

Nesse mesmo ano, especialistas forenses do condado de Berks recolheram uma amostra de ADN do então ainda desconhecido de forma a atualizar o seu registo no Sistema Nacional de Pessoas Desaparecidas e Identificadas dos Estados Unidos da América, também conhecido como NamUs.

As autoridades apuraram, assim, que o ADN do 'Homem do Pináculo' não correspondia às duas pessoas desaparecidas, na Flórida e no Illinois.

A descoberta que resolveu o caso

Mas o grande volte-face surgiu no início de agosto deste ano, quando Ian Keck, um agente da Polícia do Estado da Pensilvânia, encontrou o registo das impressões digitais recolhidas durante a autópsia de Paul Grubb, em 1977.

Depois disso, Ian Keck submeteu as impressões digitais no NamUs, que determinou que correspondiam às do homem encontrado na década de 70. Estava desfeito o mistério.

A polícia do Condado de Berk notificou, em seguida, um membro da família de Grubb, que confirmou a identidade do desaparecido. A família pediu para que os restos mortais de Paul fossem trasladados para o jazigo de família.