Mais de uma centena de pais e encarregados de educação de uma escola em Lisboa escreveram uma carta aberta às entidades competentes por causa das greves nas escolas.

O texto, que conta com 107 assinaturas, é dirigido ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e à vereadora da Educação, Sofia Athayde.

De acordo com o jornal Público, o grupo de pais e encarregados de educação da Escola n.º 72 Bartolomeu de Gusmão, na Estrela, alertam para a perda de mais de uma semana de aulas com as sete greves que já paralisaram as escolas neste ano letivo.

“Esta é uma situação que contribui para a desigualdade no acesso à educação das crianças e jovens, que são o futuro do nosso país, prejudicando também as famílias que são obrigadas a reorganizar-se, forçadas a levar os seus filhos para o local trabalho, ou mesmo perdendo dias de trabalho para poderem ficar com os filhos em casa.”

O grupo diz tratar-se de uma clara demonstração dos problemas estruturais do setor educativo e do desgaste dos profissionais, docentes e não docentes.

Exige, por isso, respostas claras e concretas para um problema que defendem provocar desigualdades no acesso à educação das crianças e jovens.

Greve convocada pelo S.T.O.P deixa milhares de alunos sem aulas

Milhares de alunos não tiveram aulas na passada sexta-feira devido a mais uma greve que encerrou escolas em todo o país. Foi convocada pelo S.T.O.P.e abrangeu todos os profissionais da educação, incluindo professores, assistentes e técnicos.

Os profissionais da educação pediram um aumento imediato de 120 euros e exigiram uma carreira digna para os assistentes operacionais.

Esta foi a sexta greve na Educação desde setembro.

O S.T.O.P. exige mais investimento para a escola pública. O sindicato acredita que o Orçamento do Estado para o próximo ano pode representar a mudança que todos os que hoje pararam tanto pedem.