O Presidente da República regozijou-se com a decisão de hoje de a sessão solene comemorativa do 25 de abril realizar-se na Assembleia da República, apesar da dissolução do parlamento, considerando tratar-se de "uma boa notícia", pois "faz todo o sentido".

"Eu prefiro de longe essa hipótese, porque é a hipótese que corresponde não à prática sempre, [porque] houve casos excecionais em que não foi assim, mas é a melhor solução. A casa da democracia é a Assembleia da República, na Assembleia da República nasceu essa tradição, logo em 1977 salvo erro, e é assim que deve ser", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Falando aos jornalistas na conclusão de uma visita oficial à Eslovénia, Marcelo disse não saber "exatamente como é o formato" da sessão deste ano, designadamente "se falam todos os partidos, se não falam, se fala só o Presidente da Assembleia, se o Presidente da República fala ou não", comentando que "a Assembleia decidirá", mas insistiu que o importante é esta acolher a sessão solene.

"Ser na Assembleia da República faz todo o sentido", disse, apontando "duas razões" -- "a primeira é estarmos no fim dos 50 anos do 25 de abril, termina o ano precisamente no próximo 25 de abril" e, "segundo, porque coincide com a primeira eleição democrática em Portugal, que foi em 25 de abril de 1975, portanto coincide com os 50 anos da primeira eleição democrática".

"É uma boa notícia que me dão", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, que participará este ano pela última vez nas comemorações solenes do 25 de abril enquanto chefe de Estado.

Questionado ainda sobre o cessar-fogo limitado na Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “não é uma boa notícia” por não se tratar de um primeiro passo verdadeiro. “O cessar-fogo bem-vindo não devia ser uma ilusão, devia ser uma oportunidade para construir uma paz justa, digna e duradoura. Ficámos ontem a saber que não é ainda isso”, afirmou.