O Presidente da República irá condecorar o almirante Gouveia e Melo “pela brilhante carreira” e nomear o seu sucessor como Chefe do Estado-maior da Armada (CEMA) em cerimónias separadas na sexta-feira, explicou o próprio.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à chegada ao Barreiro para a tradicional ginjinha de Natal, onde vai desde que foi eleito em 2016, à exceção dos anos da pandemia de covid-19.

O chefe de Estado chegou ao Barreiro com mais de uma hora de atraso e poucos minutos depois de ser divulgado no site da Presidência a nomeação do novo CEMA, o vice-almirante Jorge Manuel Nobre de Sousa, que será promovido ao posto de almirante.

“Por isso é que me atrasei, atrasei-me por causa disto”, justificou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente explicou que, na sexta-feira, haverá duas cerimónias no Palácio de Belém: a primeira para a posse do novo CEMA e a segunda para a condecoração de Henrique Gouveia e Melo.

“Além da carreira brilhante que teve, teve um serviço muito qualificado como CEMA”, justificou.

Questionado se Gouveia e Melo, apontado como potencial candidato às presidenciais de 2026, seria um bom sucessor, Marcelo voltou a não se pronunciar: “Isso não me cabe a mim”

Gouveia e Melo, que tomou posse como chefe do Estado-Maior da Armada em 27 de dezembro de 2021, manifestou-se indisponível para um segundo mandato e decidiu passar à reserva para poder manter todos os seus direitos cívicos.

O almirante vai passar à reserva logo após o fim do seu mandato, na próxima sexta-feira.