
Reino Unido e União Europeia têm na segunda-feira a sua primeira cimeira desde que Londres deixou o bloco comunitário vão olhar para o novo contexto geopolítico e as mudanças na relação entre a Europa e os Estados Unidos.
A cimeira de Londres será ser encabeçada pelos líderes do Conselho Europeu, o português António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo primeiro-ministro britânico, o trabalhista Keir Starmer.
É a primeira reunião desde o 'Brexit' - a saída formal foi em 31 de janeiro de 2020 - e terá como principal tópico o novo contexto geopolítico, com a guerra no território ucraniano a arrastar-se e sem perspetiva de um cessar-fogo, ainda que vários países estejam a esforçar-se para que Ucrânia e Rússia negoceiem o princípio do caminho para paz.
Em simultâneo, a postura mais protecionista da Casa Branca e a aproximação do chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, à Rússia de Vladimir Putin, também preocupam os 27 países do bloco comunitário e o Reino Unido.
Os EUA exigem à Europa que pague e se encarregue da sua defesa e aumentaram as vozes na Europa para um reforço do investimento em defesa e para o relançamento da indústria de produção de armamento em vários países.
Na semana passada, Keir Starmer, o Presidente de França, Emmanuel Macron, e o novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, viajaram até à Ucrânia para uma demonstração de unidade e para recordar a Moscovo que o apoio do resto da Europa prosseguirá enquanto as tropas russas ocuparem partes do território ucraniano.
No entanto, o apoio ao país invadido tem sido abalado pelas declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, a animosidade com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e as críticas ao investimento dos países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
São esperados acordos bilaterais em várias áreas para reforçar não só a cooperação entre a UE e o Reino Unido, mas também para relançar as relações comercias estagnadas nos primeiros anos após o 'Brexit'.