"O PS deu o tiro de partida para estas eleições, que se vão realizar no dia 23 março, e aquilo que queremos com esta candidatura é que se possa promover estabilidade, mas também que se possam estabelecer compromissos com as nossas gentes, com os madeirenses e porto-santenses", afirmou Paulo Cafofo, depois de entregar no Tribunal Judicial do Funchal a lista de candidatos socialistas às eleições antecipadas.

Segundo o líder regional socialista, "a estabilidade só será possível com o PS".

"Com o PSD de Miguel Albuquerque só temos instabilidade", acrescentou Cafofo, que apontou ser objetivo do PS/Madeira "dar a volta à situação política na região, garantindo uma governação com estabilidade com o PS" e, depois, "estabelecer um compromisso com os madeirenses e porto-santenses para a resolução dos problemas, das necessidades diárias, reais da população da região".

"Nesta fase da campanha eleitoral, os partidos vão falar dos mesmos temas e prometer as mesmas coisas. O nosso compromisso é o de fazer. Não podemos entrar em populismos, em demagogias, nem promessas impossíveis de realizar e concretizar", sustentou.

Paulo Cafôfo defendeu que a sua experiência como presidente da Câmara do Funchal e secretário de Estado das Comunidades no último Governo liderado por António Costa lhe deu "calo e conhecimento", estando mais bem "preparado" para governar a Madeira.

Também apelou à "coragem e confiança" dos madeirenses "para mudar, porque a sua escolha é decisiva para que nada continue igual".

Afirmando contar com o apoio do secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos na campanha, o líder socialista insular realçou que o partido "quer ser governo para fazer a diferença no dia a dia" dos madeirenses.

"Sinto-me muito mais capaz para governar a região, que precisa de uma lufada de ar fresco", reforçou, vincando ser "um homem do diálogo, convergência, um democrata".

Paulo Cafôfo destacou ainda sempre ter manifestado a necessidade de entendimentos", argumentando ser "fundamental que os partidos que queriam verdadeiramente mudar a região possam tomar a opção certa".

"Sei que há partidos que no passado não o fizeram. Julgo que este é o momento de inverter", mencionou, indicando ser importante também haver "coragem" dos dirigentes partidários para "fazer a diferença".

Paulo Cafôfo, Marta Freitas, Emanuel Câmara, Silvia Silva e Gonçalo Leite Velho são os primeiros cinco candidatos da lista do PS/Madeira.

O PS é o maior partido da oposição na Madeira, ocupando 11 dos 47 lugares no hemiciclo da Assembleia Legislativa, tendo obtido nas últimas eleições regionais antecipadas, em 26 de maio de 2024, 28.981 votos (21,77%).

Em 17 de dezembro de 2024, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, o Governo Regional (PSD) liderado por Miguel Albuquerque, empossado a 06 de junho, foi derrubado, uma situação inédita na vida parlamentar da Madeira.

Para resolver a situação, o Presidente da República depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado decidiu dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira e marcar eleições legislativas antecipadas para 23 de março.

O parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, sendo atualmente 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP (partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas), um da IL e um do PAN.

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