O Rock in Rio Lisboa regressa ao Parque Tejo em 20, 21, 27 e 28 junho de 2026 para a 11.ª edição, com melhorias no recinto e um reforço nos acessos, anunciou esta terça-feira a organização do festival.

Na próxima edição, a 'cidade do rock' volta a ser erguida no Parque Tejo, onde o Rock in Rio Lisboa se estreou no ano passado, "estando previstas melhorias em várias áreas", de acordo com a organização, numa conferência de imprensa em Lisboa, na qual foram também divulgados resultados de um estudo de avaliação do impacto económico do festival, no valor de 120 milhões de euros.

Segundo a organização, em 2026 a área para o público passará a ser de 145 mil metros quadrados, mais 15 mil metros quadrados do que no ano passado, "garantindo mais espaço de circulação e maior comodidade para todos" e permitindo a ampliação das plateias de todos os palcos.

Além disso, haverá também um aumento de 40% de casas de banho e de 30% em áreas de restauração, bem como novas zonas de descanso.

A organização anunciou ainda que a mobilidade "também será reforçada, com um plano de transportes melhorado, mais opções e novos parceiros, para facilitar o acesso ao recinto".

10.º edição marcou a mudança para o Parque Tejo

A mudança do Rock in Rio Lisboa do Parque da Bela Vista para o Parque Tejo originou várias críticas por parte do público, nomeadamente em relação aos acessos ao recinto, falta de sombras e longas filas para aceder a espaços de restauração e casas de banho.

A 10.ª edição do festival, que aconteceu em junho do ano passado, contou com 300 mil espectadores ao longo de quatro dias, aos quais se juntaram cerca de 14.000 credenciados, entre 'staff' e jornalistas.

Do cartaz da 10.ª edição fizeram parte bandas e artistas como Scorpions, Macklemore, Ed Sheeran, Doja Cat, Jonas Borthers, Camila Cabello, Lucas Graham, Ne-Yo, Ivete Sangalo, MC Cabelinho, Luísa Sonza, Ornatos Violeta e Fernando Daniel, entre muitos outros.

120 milhões de euros de impacto em quatro dias

Segundo um estudo levado a cabo pela Nova SBE (School of Business and Economics), a 10.ª edição do festival gerou 120 milhões de euros de impacto direto na economia nacional.

Um dos coordenadores do estudo, João B. Duarte, explicou à Lusa que, para chegar a este valor, foram tidos em conta dois conjuntos de atividades relacionadas com a realização do festival: gastos de produção do festival, com montagens de palco e marketing, por exemplo, e gastos do público, com alojamento, restauração, viagens.

"São 120 milhões de euros vendidos a empresas que estão em Portugal ou a pessoas que estão em Portugal. Tirámos os gastos de produção com artistas internacionais, só contemplando artistas nacionais, por exemplo", referiu João B. Duarte.

O impacto tem três tipos de efeitos: direto (por exemplo, a refeição num restaurante), indireto (produtos comprados pelo restaurante para confecionar a refeição) e induzido (o rendimento gerado pelo aumento de emprego, que em parte entra novamente na economia em consumo), explicou.

Para realizar o estudo, a equipa da Nova SBE contou com a colaboração da organização do festival, que forneceu o demonstrativo de resultados de exercício, "que tinha muito detalhado todo o tipo de gastos feitos e a quem", e um inquérito feito ao público em 2024, que contou com 1.009 respostas.



Com LUSA