A Presidência da Rússia declarou, esta terça-feira, que a adesão da Ucrânia à NATO constituiria uma ameaça inaceitável para a Rússia, numa altura em que Kiev pressiona os aliados ocidentais para que convidem o país a aderir à Aliança Atlântica.
"Uma decisão deste tipo é inaceitável para nós, porque seria um acontecimento ameaçador para nós", disse o porta-voz da Presidência russa.
As declarações de Dmitri Peskov ocorrem no dia em que se realiza uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em Bruxelas.
Esta terça-feira, os diplomatas ucranianos comunicaram à reunião da NATO as posições manifestadas nos últimos dias, afirmando que a única garantia real de segurança para a Ucrânia é a "adesão plena" à NATO.
"Estamos convencidos de que a única garantia real de segurança para a Ucrânia, além de ser um elemento dissuasor contra qualquer nova agressão russa contra a Ucrânia e outros Estados, é a adesão plena da Ucrânia à NATO", afirmou a diplomacia ucraniana em comunicado.
O secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, defendeu esta terça-feira o envio de apoio militar imediato à Ucrânia para lhe dar uma "posição de força" no momento das negociações com a Rússia.
Também os EUA, na segunda-feira, anunciaram o envio de um pacote de ajuda militar adicional à Ucrânia, no valor de 725 milhões de dólares (690 milhões de euros), que incluem mísseis e as polémicas minas antipessoais.
Sobre esta novidade, Peskov defendeu que apenas contribui para inflamar o conflito e que não mudará em nada a situação na linha da frente.
Com Lusa