A decisão do STJ tem lugar depois de, segundo as autoridades locais, três adolescentes falecerem devido a desafios virais.

O STJ justifica a multa com a "negligência" da empresa por "não ter implementado as medidas necessárias e adequadas para evitar a difusão de publicações cujo conteúdo é alusivo aos chamados reptos virais em violação do ordenamento jurídico venezuelano", disse a presidente da Câmara Constitucional do STJ, Tania D'Amelio, na leitura da sentença.

O STJ ordena ainda ao Tiktok que estabeleça uma representação com sede ou escritórios na Venezuela, de onde supervisione e controle a aplicação das ferramentas tecnológicas, segundo a legislação local sobre telecomunicações e redes sociais, para "melhorar a segurança dos utilizadores e para que se preserve a sua integridade física, psicológica e emocional, controlando de maneira efetiva o conteúdo alusivo aos chamados reptos virais".

O STJ decidiu ainda criar uma "mesa técnica" com as famílias afetadas para "quantificar os danos" com "consequências trágicas mortais para 3 adolescentes, (...) para os que necessitaram hospitalização e outros tantos afetados psicologicamente".

"Com a quantia de dinheiro recebido por conceito da multa, o Estado venezuelano criará o fundo Vítimas Tiktok, destinado a compensar os danos psicológicos emocionais e físicos dos utilizadores, especialmente se estes utilizadores forem crianças e adolescentes", disse D'Amelio.

FPG // PDF

Lusa/Fim