"Estamos num momento crítico. Como o Presidente Trump declarou, continua empenhado em impor tarifas ao Canadá a partir de amanhã (sábado, dia 01 de fevereiro). Não sabemos exatamente como será, mas sei duas coisas: se o Presidente decidir impor tarifas, estaremos preparados para responder", prometeu o chefe de Governo do Canadá.
Trudeau esclareceu que o seu Governo está preparado para "qualquer cenário possível" e avisou que as tarifas terão "consequências desastrosas para os Estados Unidos", uma vez que "colocarão empregos americanos em risco, aumentarão os preços", além de que "vão minar a segurança coletiva".
"O que o motiva a considerar a aplicação de tarifas já amanhã [sábado] é o fluxo de fentanil e as travessias ilegais para os Estados Unidos. Reitero que a nossa fronteira é segura e menos de 1% do fentanil e das travessias ilegais para os Estados Unidos vêm do Canadá", insistiu o primeiro-ministro.
Trudeau explicou ainda que o país tomou uma série de medidas para reforçar a fronteira, como o envio de novas equipas, nomeadamente forças de segurança munidas de cães para detetar o fluxo de fentanil, ou o aumento dos requisitos para a obtenção de vistos.
"A nossa nação pode enfrentar alguns momentos difíceis nos próximos dias e semanas. Sei que os canadianos podem estar a sentir ansiedade e preocupação, mas quero que saibam que o Governo federal os vai apoiar", garantiu o primeiro-ministro.
As relações bilaterais têm vindo a piorar desde que Trump tomou posse, a 20 de janeiro.
O Presidente norte-americano referiu-se repetidamente a Trudeau como o "governador" do "grande estado do Canadá", acrescentando que "muitas pessoas no Canadá adorariam ser o 51º estado dos Estados Unidos da América".
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