
O Presidente dos Estados Unidos indicou esta quarta-feira que será assinado "na próxima quinta-feira" um acordo sobre a exploração dos recursos minerais estratégicos da Ucrânia.
"Temos um acordo sobre os minerais que penso que será assinado na quinta-feira (...), na próxima quinta-feira. Em breve. E presumo que eles [os ucranianos] vão respeitar o acordo. Veremos. Mas temos um acordo sobre essa matéria", declarou Donald Trump aos jornalistas na sala oval da Casa Branca, ao lado da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Tal acordo foi exigido com insistência por Trump para compensar os Estados Unidos pela ajuda militar já fornecida à Ucrânia para combater a invasão russa.
Trump não é "grande fã" de Zelensky
O chefe de Estado norte-americano disse que não considera o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, responsável pela guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que continua a criticá-lo.
"Não considero Zelensky responsável, mas não estou exatamente entusiasmado por esta guerra ter começado. Não o estou a culpar, mas não acho que tenha feito o melhor trabalho do mundo. Não sou um grande fã", declarou.
Questionado pelos jornalistas sobre o programa nuclear do Irão, Trump afirmou não estar "com pressa" para tomar medidas militares contra as instalações nucleares do país, mas não confirmou uma informação do diário The New York Times segundo a qual interveio junto de Israel para impedir bombardeamentos israelitas à República Islâmica.
"Não estou com pressa de o fazer, porque penso que o Irão tem a possibilidade de ter um grande país (...) e gostaria de ver isso, essa é a minha primeira opção. Se houver uma segunda opção, penso que será muito mau para o Irão e penso que o Irão quererá dialogar. Espero que eles queiram dialogar", afirmou Trump.
Trump ameaçou demitir presidente da Reserva Federal
Depois de ter ameaçado demitir o presidente da Reserva Federal (FED, banco central dos EUA), Jerome Powell, o chefe de Estado norte-americano garantiu que pode obrigá-lo a ir-se embora, depois dos ataques que lhe dirigiu por causa da política de taxas de juro.
"Ele vai-se embora, se eu lhe pedir, ele vai", disse Trump.
"Não estou satisfeito com ele. Já o informei, e se eu quiser que ele se vá embora, ele vai-se embora rapidamente, acreditem em mim", acrescentou.
Na quarta-feira, Powell disse que as tarifas de Trump, impostas às importações norte-americanas, colocam a Fed numa "situação complicada" e que as sobretaxas "quase certamente levariam a pelo menos um aumento temporário da inflação".
Donald Trump nomeou Jerome Powell para dirigir a Reserva Federal no primeiro mandato, em 2018, mas agora acusa-o de politizar o banco central norte-americano.
O segundo mandato do presidente da Reserva Federal termina em maio de 2026 e o Presidente dos EUA não tem o poder de demitir diretamente os dirigentes da Fed.
Powell disse já que tencionava "permanecer no cargo até ao final do mandato".
Com Lusa