
O Presidente dos Estados Unidos escreveu na sua rede social, Truth Social, neste sábado, que vai falar com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky esta segunda-feira.
O chefe de Estado norte-americano disse, na publicação, que começará por falar com Vladimir Putin, Presidente da Federação Russa, e que, de seguida, falará com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com vários membros da NATO.
“Espero que seja um dia produtivo, que haja um cessar-fogo e que esta guerra tão violenta, uma guerra que nunca deveria ter acontecido, termine”, finalizou.
Troca de prisioneiros pode acontecer na próxima semana
O anúncio de Donald Trump acontece no mesmo dia em que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declararam a disponibilidade para continuarem a trabalhar juntos para alcançar a paz na Ucrânia, depois de um telefonema realizado este sábado.
Segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo, publicado na rede Telegram, “Rubio saudou os acordos sobre a troca de prisioneiros de guerra e o facto de cada parte [Ucrânia e Rússia] ter apresentado as condições que considera necessárias para chegar a uma trégua e também sublinhou a disponibilidade de Washington para continuar a facilitar a busca por uma solução”.
Nas negociações de sexta-feira entre os dois países, realizadas na Turquia, foi acordada a troca de prisioneiros de guerra no formato “mil por mil”, ou seja, igual número de prisioneiros de ambos os lados, o que, a realizar-se num único momento, seria a maior desde o início da guerra, há mais de três anos.
Foi o único acordo tangível alcançado pelas duas delegações, em Istambul.
Segundo expressou também este sábado o chefe da inteligência militar ucraniana, Kirilo Budanov, existe a convicção de que a troca de prisioneiros será realizada na próxima semana.
“Espero que isso aconteça na próxima semana (...)”, disse Budanov ao meio de comunicação ucraniano TSN.
Ainda neste sábado, Marco Rubio considerou que o Vaticano poderá ser local para conversações de paz entre Rússia e Ucrânia, depois de o novo Papa, americano, ter prometido “todos os esforços” para ajudar a acabar com a guerra.
Em declarações aos jornalistas em Roma, antes de se encontrar com o cardeal Matteo Zuppi, atual presidente da Conferência Episcopal Italiana, o secretário de Estado norte-americano disse que iria discutir as possíveis formas de ajuda do Vaticano, “o estado das conversações, as atualizações (...) e o caminho a seguir”.
Questionado sobre se o Vaticano poderia ser um mediador de paz, Rubio respondeu: “Não lhe chamaria mediador, mas (...) é um sítio onde ambas as partes se sentiriam confortáveis em ir”.