
O túmulo do Papa Francisco poderá ser visitado "já a partir da manhã de domingo" na basílica de Santa Maria Maior, no centro de Roma, anunciou hoje o diretor do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.
O caixão do líder da Igreja Católica, falecido na segunda-feira aos 88 anos, será transferido sábado para a basílica logo depois das cerimónias fúnebres na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O túmulo que acolherá o corpo do religioso argentino foi feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, e apresentará a inscrição "FRANCISCUS", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.
Ficará localizado numa das naves laterais da basílica, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.
Após as exéquias na sede da Igreja Católica, decorrerá a passo lento o cortejo fúnebre até à basílica de Santa Maria Maior para permitir que as pessoas se despeçam, acrescentou Matteo Bruni.
Haverá uma transmissão televisiva em direto que terminará à entrada da segunda basílica, uma vez que o enterro será um momento simples e privado, conforme os desejos de Francisco, acrescentou a mesma fonte.
A organização não-governamental de resgate de migrantes Mediterrânea anunciou também que migrantes e refugiados estarão lado a lado com líderes mundiais no funeral de sábado.
A delegação será composta por resgatadores, migrantes e refugiados que foram torturados e escaparam de campos de concentração líbios, indicou a Mediterranea.
O acolhimento e cuidado aos migrantes foi um dos temas centrais do pontificado de Francisco, que ao longo dos seus 12 anos no cargo máximo da religião católica.
O argentino visitou locais emblemáticos das dificuldades dos migrantes, como a ilha italiana de Lampedusa, principal ponto de chegada para aqueles que partem do norte de África.