
"No dia 18 de maio é a única oportunidade que temos de resgatar o grupo parlamentar, de dar mais força ao PAN. Votar nos grandes partidos ou nos partidos que já sabemos que têm vindo a crescer, até por força do que dizem as sondagens e que já têm grupos parlamentares, não vai fazer qualquer diferença", atirou Inês de Sousa Real depois de ser questionada sobre se durante a campanha viu apoio suficiente para concretizar o objetivo de eleger um grupo parlamentar.
Inês de Sousa Real falava aos jornalistas durante uma pequena caminhada da comitiva do PAN em contacto com a população na zona da Avenida de Roma, em Lisboa.
A líder do PAN disse ainda que "as pessoas têm demonstrado muita preocupação que o PAN desapareça da Assembleia da República", devido ao que têm visto visto espelhado nas sondagens, e defendeu que se os eleitores "têm um voto que querem depositar de forma útil, esse voto tem de ser no PAN".
Sousa Real frisou que, "apesar do carinho" que tem sentido ao longo da campanha, "é importante que as pessoas" concretizem essa simpatia pelo partido com um voto no próximo domingo.
A líder do PAN defendeu que o partido "tem legitimidade para pedir um grupo parlamentar", depois de ter sido "o partido que mais trabalhou" ao longo da última legislatura, apelando aos eleitores que "votem com o coração".
Questionada sobre os destaques desta campanha, Inês de Sousa Real sublinhou a recolha de testemunhos, esta quinta-feira em Braga, de vítimas de violência doméstica que, exemplificou, conseguiram "quebrar ciclos de violência" ao fim de muitos anos.
"São histórias de vida que nos demonstram que quando falamos tantas vezes nos números, estes números têm por trás casos reais, muito concretos, de pessoas que viram toda uma vida de violência", acrescentou.
Pelo contrário, sobre o ponto mais baixo desta campanha, a líder do PAN lamentou que no debate das rádios entre todos os partidos tenha havido "pouca oportunidade para se esclarecer aquilo que verdadeiramente eram as preocupações" das candidaturas.
"Vimos um momento absolutamente lamentável dos partidos atropelarem-se e a discutirem entre si, sem esclarecer às pessoas aquilo que efetivamente lhes diz respeito", criticou.
TYRS // PC
Lusa / Fim