
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visita Helsínquia na quarta-feira para se encontrar com o homólogo finlandês, Alexander Stubb, um dia depois de os líderes russo e norte-americano discutirem a proposta de cessar-fogo para o conflito na Ucrânia.
A presidência finlandesa anunciou esta terça-feira em comunicado que a reunião de Zelensky e Stubb vai focar-se "no apoio da Finlândia à Ucrânia e nas medidas para pôr fim à guerra de agressão da Rússia".
Além do Presidente finlandês, deverão participar igualmente nas discussões os titulares da Defesa e dos Negócios Estrangeiros e Finanças do país nórdico, que aderiu à NATO em 2023, no seguimento da invasão russa da Ucrânia, após décadas de neutralidade.
Numa altura em que vários países liderados pelo Reino Unido e pela França preparam o envio de militares para a Ucrânia em caso de trégua, a Finlândia tem outros planos.
Stubb disse no passado dia 02, em Londres, que os países que fazem fronteira com a Rússia, incluindo a Finlândia, não enviariam forças de paz para a Ucrânia, porque a sua responsabilidade é defender o seu território, embora tenha sinalizado que poderia contribuir para a paz de outras formas.
"O Reino Unido e a França estão empenhados em manter algum tipo de presença de tropas na Ucrânia. Mas os países que partilham uma fronteira com a Rússia têm a responsabilidade de defender a NATO nessa fronteira, pelo que os seus contributos serão diferentes", justificou.
No final das negociações, os dois presidentes vão realizar uma conferência de imprensa conjunta.
As conversações no âmbito da visita de Zelensky vão continuar com a participação de representantes de empresas da indústria de defesa.
A agenda do líder ucraniano na capital finlandesa incluirá também encontros com o presidente do parlamento, Jussi Halla-aho, e o primeiro-ministro, Petteri Orpo.
Mais tarde, Stubb, Zelenski e as respetivas mulheres vão reunir-se com estudantes da Universidade de Helsínquia, onde ambos os presidentes participarão num debate.
A visita à capital finlandesa acontece um dia depois de uma conversa telefónica do Presidente russo, Vladimir Putin, e do homólogo norte-americano, Donald Trump, sobre a proposta de Washington de cessar-fogo de 30 dias, já aceite por Kiev.