
Miguel Oliveira partilha as suas impressões sobre a adaptação à Yamaha da Prima Pramac no GP de França. O piloto português, que regressa à competição após período de recuperação de lesão, mostrou-se satisfeito com o desempenho da moto japonesa e com o seu processo de adaptação em Le Mans.
Questionado sobre as diferenças na moto desde a última vez que competiu na Argentina, Oliveira não hesitou em demonstrar a sua satisfação. ‘Sim. Muito confortável. Sim, a moto está a ter um bom desempenho. Viu-se na qualificação o que o Fabio [Quartararo] estava a fazer, mas também, sim, também o Jack [Miller] e o [Álex] Rins, eles fizeram voltas bastante boas também’, partilhou o piloto português.
O piloto da Prima Pramac mostrou-se otimista quanto ao potencial da Yamaha na luta pelos lugares pontuáveis. ‘Então a moto definitivamente está lá para ser desafiante se fizermos bem na qualificação para estar dentro do top 10 de forma regular. Por isso, isso é realmente animador’, afirmou Oliveira, sublinhando o potencial da máquina japonesa numa qualificação bem-sucedida.
Quando questionado sobre as semelhanças entre o estilo de pilotagem necessário para tirar o melhor partido da Yamaha comparativamente à Aprilia que pilotou nos últimos anos, o português foi cauteloso. ‘Quer dizer, sim, menos adaptação, mas ainda assim, sabem, preciso de aprender como tirar o máximo da moto’, explicou Oliveira, reconhecendo que, apesar de algumas semelhanças, ainda existe um processo de aprendizagem.
O piloto número 88 destacou ainda aspetos técnicos específicos em que precisa de melhorar. ‘Mas, especialmente, a abordagem à travagem precisa de ser bastante suave, e não é fácil, e obviamente, o Fabio está a fazer isso de forma perfeita’, admitiu o português, referindo-se ao estilo de Fabio Quartararo como exemplo na equipa Yamaha.
Confrontado com a observação de que a moto parecia um pouco instável durante os treinos, Oliveira assumiu a responsabilidade. ‘Também está um pouco relacionado com a minha trajetória. Acho que posso fazer uma trajetória melhor ali. E também na corrida, consegui um pouco melhor. Por isso, sim, não acho que possa culpar a moto por causa dessa instabilidade. Mas, com certeza, quando há mais aderência, a moto tende a ficar um pouco mais nervosa’, concluiu o piloto, demonstrando capacidade analítica sobre os fatores que afetam o comportamento desta.