Durante a segunda sessão da 12ª Conferência de representantes dos Membros da Associação Chinesa de Futebol (CFA), em Pequim, um dos temas de referência foram os gastos exorbitantes e os casos de corrupção que têm levado várias equipas chinesas à falência. Na procura da diminuição desses casos - que têm sido habituais - a CFA afirmou que 2025 seria «um novo começo» e um «ano de reconstrução da confiança e regresso à normalidade».
O discurso desta mudança no futebol chinês surge poucos dias depois do Guangzhou FC, oito vezes campeão da superliga chinesa e duas vezes vencedor da Liga dos Campões Asiática, ter sido extinto pela acumulação excessiva de dívidas.
Este não é caso único no país visto que, também recentemente, Cangzhou Mighty Lions e Hunan Billows anunciaram a sua dissolução devido a problemas financeiros.
Para Song Kai, presidente de CFA, o ano passado - 2024 - constou como um período de «progressos históricos», destacando uma «redução significativa da corrupção e viciação de resultados», mas o dirigente acredita que é possível fazer ainda mais.
«Resiliência» foi mais uma das palavras de maior destaque no discurso do dirigente, que mencionou as duas vitórias consecutivas da seleção masculina nas eliminatórias asiáticas para o acesso ao Campeonato do Mundo de 2026 como um marco de confiança para o futuro da modalidade.
Ainda na conferência surgiu o primeiro passo deste «maior controlo» sob as ações das das equipas. Foi aprovada a criação da Associação da Liga de Futebol Profissional da China, passo considerado como «decisivo» para a aplicação de um plano de desenvolvimento da modalidade.
Entre os objetivos da CFA surgem também a promoção do futebol feminino e o avanço de programas relativos às formações do futebol chinês.