Abel Ferreira afirmou este sábado que está no último ano de contrato com o Palmeiras. Depois da primeira derrota da época, com o Novorizontino para o campeonato Paulista (1-2), o treinador português fez a afirmação pelo meio de uma resposta sobre a equipa, e em defesa do diretor desportivo, Anderson Barros, que foi assobiado pelos adeptos.  

«Cada vez que fazem isso, assobiam nosso emblema. Estamos a falar diretamente do Barros, 11 títulos. Quase 400 milhões de euros em vendas, quando eu cheguei o Palmeiras tinha dívidas, uma lástima. Não podíamos comprar jogadores. Não dava para pagar a toda a gente. Somos das equipas mais prestigiadas internacionalmente e nacionalmente, por isso é tão difícil negociar com o Palmeiras  - vocês sabem, para outro clube um jogador custa 3, mas se for para o Palmeiras custa 6», afirmou.  

«Sabemos como isto tudo funciona. Estou aqui vai fazer cinco anos, vou para o meu último ano no Brasil e em todos anos houve momentos bons e maus. Não é por uma derrota hoje... Fizemos uma péssima segunda parte e vamos seguir o trabalho. Não há nenhuma equipe que vai ganhar todas. Sabemos o que estamos a fazer sobretudo dentro, porque fora já se disse várias vezes. A responsabilidade hoje total é minha, jogamos muito bem a primeira parte, muito mal a segunda parte. Vamos seguir o caminho» completou. 

O contrato do treinador português termina em dezembro deste ano, mas a presidente Leila Pereira já disse várias vezes que gostaria de renovar com o técnico até ao final do seu mandato. Ainda antes do jogo falou sobre o futuro de Abel: «Não conversei ainda com Abel sobre renovação, tem contrato connosco até ao fim do ano, mas não é novidade para ninguém que meu desejo é que ele permaneça até o fim do meu segundo mandato (dezembro de 2027). Não conversamos, ele sabe do meu desejo, mas estamos focados no mercado, isto é muito importante», disse ao TNT. 

Quanto ao jogo, o Novorizontino surpreendeu o Palmeiras na sua casa emprestada, o Arena Barueri, e venceu por 2-1 com reviravolta, alcançando a primeira vitória à quarta jornada do Paulistão, e a primeira de sempre frente ao Palmeiras: depois de dominar toda a primeira parte, o Palmeiras abriu o marcador por Facundo Torres aos 42, mas na segunda os visitantes foram mais fortes e Pablo Dyego empatou de penálti aos 68, com Robson a assinar o 2-1 da reviravolta aos 83. O Palmeiras não perdia para o Paulistão desde 2021. 

O Palmeiras lidera o Grupo D com sete pontos, mas pode perder o lugar este domingo para o São Bernardo. O Novorizontino deixou o último lugar do Grupo C.