
No final da partida em Rio Maior, o treinador-adjunto do Casa Pia, Alexandre Santana, confessou desilusão por a equipa não ter conseguido ser feliz frente ao Sporting e ter terminado a série de invencibilidade caseira que durava desde setembro. O braço direito de João Pereira salientou a satisfação pela réplica que os gansos têm dado jornada após jornada, mesmo com ausências temporárias (Cassiano) ou mesmo definitivas (Segovia, Beni, Nuno Moreira) desde janeiro.
– O terceiro golo do Sporting resolveu a partida?
– Depois de sofrer o 3-1 fomos em busca de algumas alterações momentâneas que nos pareceram oportunas para aquilo que o jogo estava a pedir. Não conseguimos reduzir, o Sporting acabou por ser mais feliz. Não estamos nada contentes com aquilo que aconteceu, porque desde agosto que não perdíamos aqui, mas também é certo que não é um adversário qualquer, é o campeão em título e é o primeiro classificado. Não havendo vitórias morais, acabamos por nos suportar um bocadinho na exibição e naquilo que conseguimos fazer na nossa casa, não baixando linhas, sendo aguerridos e tentando de tudo para levar daqui alguns pontos. Infelizmente não conseguimos.
– O Casa Pia sentiu dificuldades adicionais com a ausência do Cassiano?
– Seria hipócrita da minha parte não valorizar a capacidade e a qualidade do Cassiano. É uma coisa assustadora para a idade que tem aquilo que traz à equipa, quer do ponto de vista emocional, técnico e tático. Mas não me parece que seja por aí, acho que fizemos um bom jogo. Entrámos na segunda parte claramente por cima, com o domínio e controlo do jogo praticamente absoluto. Claramente com o Cassiano o jogo teria sido de outra forma, mas não poderíamos dizer que com ele teríamos ganho, não é por aí.
– Como avalia as alterações feitas ao longo do jogo?
– Estamo-nos a reencontrar perante adaptações que tivemos que fazer com as saídas e entradas em janeiro. Temos que ter alguma paciência e dar o benefício dúvida aos jogadores para eles crescerem, para criarem aqui algumas relações dentro do campo que nos permitam trazer ao jogo essas individualidades. Acabámos por fazer algumas alterações não são só porque alguém está mal, mas também porque queremos outras coisas do jogo.
– O que é que a sexta posição no campeonato diz da equipa?
– Eu acho que é a consequência do trabalho, apenas e só, é olhar para aquilo que temos feito até aqui. Estamos a fazer uma segunda volta melhor que a primeira. Esse sexto lugar é uma consequência daquilo que temos feito até aqui e queremos sermos ambiciosos o suficiente para querer mais e não estarmos satisfeitos. Isso foi um princípio que nós temos desde o início do ano, de todo o grupo que trabalha aqui, e não vai cair. Faltam dois meses e pouco de época. É tentarmos manter esse equilíbrio emocional, perceber tudo aquilo que se está a passar e aprender também com os nossos erros e dar continuidade ao trabalho que temos feito, que tem sido brilhante.