É, talvez, um dos selos de qualidade que faltavam ao grande momento de forma do Famalicão. A viver o melhor período de uma temporada a oscilar entre altos e baixos, a turma agora comandada por Hugo Oliveira conseguiu, diante do Moreirense, a segunda vitória consecutiva, o quinto jogo sem perder e, igualmente, o quinto jogo sem sofrer golos. Este último dado - é caso para dizer -, trata-se mesmo de um Amor sem perdição, não fosse o melhor registo defensivo em toda a história do clube - a contar para a I Liga -, em igualdade com a temporada 1992/93!

Enquadrando melhor esta analogia com a obra de Camilo Castelo Branco - escritor que morou na cidade minhota -, surge a capa impermeável que foi criada em torno da baliza de Carevic, titular ininterrupto da baliza dos minhotos desde a receção ao Farense - há nove jogos a esta parte.

Embora os quatro jogos desta sequência do guardião internacional pela Sérvia tenha começado de forma algo titubeante, fruto de quatro jogos a encaixar golos - Farense, Santa Clara, Casa Pia e Benfica -, desde a deslocação ao Estádio da Luz que tal não se verifica.

Uma marca com uma fermentação de mais que um mês, traduzida num total de cinco partidas de redes intocáveis e um total de onze pontos conquistados, que deixam os famalicenses bem mais confortáveis na tabela e até com perspetiva de poder olhar para a rota das provas europeias.

Após a derrota frente aos encarnados, os resultados positivos registados contra Estrela da Amadora, Boavista, Vitória SC, Gil Vicente e Moreirense impulsionaram o emblema minhoto do 11º para o nono lugar, o que significou um aumento da margem em relação aos lugares de despromoção de cinco para 15 pontos!

Recuando ao pecúlio que até este domingo morava, de forma solitária, no livro de recordes, esse durou entre 15 de novembro de 1992 e 20 de dezembro do mesmo ano, período em que o Famalicão conquistou nulos diante de Belenenses e Paços de Ferreira e venceu, de seguida, Tirsense, Salgueiros e Gil Vicente.