André Villas-Boas assumiu que o momento do FC Porto não é positivo ao nível financeiro. O dirigente assumiu o clube em abril de 2024.

André Villas-Boas escreveu o editorial da mais recente edição da revista Dragões, onde assumiu que o FC Porto vive um momento financeiro negativo, provocado pela gestão anterior:

«O último mês foi, de facto, um período tumultuoso que nos colocou à prova. Enfrentámos vários sobressaltos, uns mais previsíveis que outros, e fomos confrontados com enormes desafios internos e externos. No entanto, confesso que tenho de estar agradecido e, sobretudo, esperançado pela resiliência que senti e continuo a sentir da parte dos Sócios, Adeptos e Parceiros do FC Porto. A forma unida como soubemos discutir e tratar internamente as questões e o espírito com que encaramos o futuro faz-nos sentir que este período não tardará a estar ultrapassado e dele sairemos mais fortes».

O presidente do FC Porto escreveu sobre a Auditoria que foi realizada às contas do clube:

«A Auditoria forense que recentemente foi concluída é reveladora de práticas de gestão, conflitos de interesse e abuso dos recursos do FC Porto que jamais queremos ver repetidos na história do nosso clube. Estamos a corrigir esse desvio, a reforçar as nossas estruturas e, com sacrifício, honraremos a nossa matriz de “contas à moda do Porto” e sairemos certamente mais fortes e no caminho da sustentabilidade e crescimento que ambicionamos sempre».

André Villas-Boas confessou que o facto de ter gerado 168 milhões em vendas de jogadores é algo positivo:

«Com um encaixe superior a 168 milhões de euros em transferências de jogadores e a conclusão das operações Ithaka e Dragon Notes, em apenas 10 meses, o FC Porto saiu do espectro da ruína financeira em que se encontrava. Hoje, e em apenas 10 meses, posso orgulhosamente dizer-vos que a sustentabilidade económica do FC Porto está cada vez mais assegurada e com isso o seu maior propósito, a nossa existência enquanto Clube de Associados».