Após semanas de críticas e memes, a B-girl australiana Rachael Gunn veio, finalmente, a público justificar a prova de breaking, nos Jogos Olímpicos, que tanto deu que falar pela sua coreografia.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, na quinta-feira, a atleta australiana reconheceu que não estava à espera de que a sua atuação “abrisse a porta a tanto ódio": "O que tem sido, francamente, bastante devastador”.
“Aprecio, realmente, a positividade e estou feliz por ter conseguido trazer um pouco de alegria para a vossa vida. Era isso que esperava. Não estava à espera que isso também abriria a porta para tanto ódio, o que tem sido, francamente, bastante devastador."
Na mensagem, Rachael Gunn explicou que “trabalhou imenso” para preparar os Jogos Olímpicos e que “deu tudo de si” na prova, que levou “muito a sério”.
A B-girl afirmou ainda estar “honrada” por ter feito parte da comitiva olímpica australiana e da primeira equipa de breaking dos Jogos Olímpicos.
A prova da australiana levou à criação de uma petição anónima online, que já reuniu mais de 45.000 assinaturas e que não só critica a atuação, mas também questiona a escolha da atleta para os Jogos Olímpicos.
O Comité Olímpico Australiano (COA) condenou a petição, que considerou ser “vergonhosa” e uma forma de intimidação e assédio.
De acordo com o The Guardian, a petição alega que Rachael Gunn “manipulou” o processo de seleção e questiona se o marido da atleta fez parte do painel que a escolheu para Paris.
"É vergonhoso que estas falsidades inventadas por uma pessoa possam ser publicadas desta forma. Isto equivale a intimidação e assédio e é difamatório", disse Matt Carroll, diretor executivo do COA, em comunicado.
"É importante que a comunidade compreenda os factos e que as pessoas não formem opiniões baseadas em mentiras maliciosas e desinformação."
A B-girl australiana subiu ao palco para representar a Austrália no penúltimo dia dos Jogos Olímpicos, mas não conseguiu conquistar o júri que atribuiu nota zero aos três confrontos que disputou.