
6 Trubin — Chamado ao jogo a frio, com cabeceamento de Pablo no coração da área logo aos 6 minutos, respondeu com bela defesa, evitando que o Gil inaugurasse o marcador. Foi o único remate da equipa da casa na primeira parte e só voltou a intervir na compensação, afastando um centro venenoso da direita. Na segunda teve um pouco mais de trabalho — uns cruzamentos para segurar, um remate à figura, umas saídas atentas —, mas sem dificuldades de maior.
6 Tomás Araújo — Excelente entrada em jogo, com papel ativo na criação do primeiro lance de perigo do Benfica, logo aos 3’, solicitando Amdouni, que colocou Aursnes na cara do golo. Logo a seguir, mais uma boa subida pelo flanco direito e um centro atrasado ao qual Belotti não chegou. Mas ia borrando a pintura aos 6’, esquecendo-se de subir para deixar Pablo fora de jogo e permitindo ao avançado do Gil visar a baliza de Trubin, que respondeu com bela defesa. A partir daí foi menos desequilibrador a atacar, mas nunca deixou de procurar zonas avançadas... até que não aguentou mais, fechando a loja aos 55 minutos.
7 António Silva — É verdade que deixou Pablo fugir nas costas para o único remate do Gil na primeira parte, mas não foi ele o responsável — subiu, bem, para deixar o ponta de lança em fora de jogo, mas não foi acompanhado por Tomás Araújo. Batalhou intensamente com o homem de área do Gil e ganhou muito mais do que perdeu. Juntou a isso várias compensações preciosas e cortes decisivos, o mais importante dos quais aos 71’, tirando centro atrasado que convidava remate de primeira. Como se não chegasse, ainda subiu à área para um livre de Kokçu e assistiu Belotti para o 2-0 das águias.
6 Otamendi — Para quem jogou 180 minutos pela Argentina e fez apenas um treino depois de voltar da América do Sul, nada melhor que uma primeira parte bem descansada, de atenção permanente mas sem muito trabalho. A segunda foi um pouco mais intensa, mas Otamendi controlou sempre bem o seu raio de ação, numa noite tranquila.
6 Carreras — Está no lance do primeiro golo do Benfica — foi ele quem fez chegar a bola a Bruma no corredor esquerdo —, mas foi muito menos influente no ataque do que em outras ocasiões, ou do que Tomás Araújo no outro flanco. Compensou com acerto quase total a defender, e na segunda parte, quando o Gil deu sinal de vida, teve de o fazer pelo outro lado.
5 Florentino — Seguro a defender, mas novamente com alguns erros na circulação de bola — nenhum tão grave como no encontro anterior, frente ao Rio Ave. Escusado o amarelo já na compensação, e que o deixa em risco para o clássico com o FC Porto — fica proibido de ver novo cartão na receção ao Farense, na quarta-feira.
6 Kokçu — Menos exuberante que noutras noites, mas altamente influente, fosse a pautar o jogo do Benfica, sobretudo na primeira parte, fosse a criar o segundo golo das águias, ao bater um livre exemplar que permitiu a António Silva assistir Belotti. Também tentou o livre direto, ainda na primeira parte, mas Andrew respondeu bem. Falhou alguns passes, mas esteve muito bem a defender, incluindo desarme a lançar Di María para a primeira ocasião do argentino.
6 Amdouni — Excelente entrada em jogo, colocando Aursnes na cara do golo logo no terceiro minuto, com bilhante passe de primeira, e remate ameaçador de pé esquerdo, aos 5’. Trabalhou muito defensivamente, e teve alguns roubos de bola importantes, mas foi perdendo influência no ataque com o passar dos minutos e acabou por ser o primeiro jogador de quem Bruno Lage abdicou, até para ter à direita alguém que apoiasse de outra forma o adaptado Samuel Dahl.
6 Bruma — Estava a ter exibição discreta quando, aos 22 minutos, fugiu pela esquerda e, com dois gilistas por perto, encontrou o ângulo para um passe atrasado perfeito, convidando Aursnes a inaugurar o marcador. A assistência deu-lhe confiança e acabou a primeira parte com sinal mais, e dois remates de algum perigo, mas no segundo tempo foi-se apagando.
6 Belotti — Titular em vez de Pavlidis (única alteração em relação ao onze que iniciara a partida com o Rio Ave), esteve pouco em jogo nos 45 minutos iniciais, mas na primeira ocasião de que dispôs, já a abrir a segunda, não perdoou — desvio oportuno de cabeça a responder a passe, também de cabeça, de António Silva, com tantas ganas que foram bola, guarda-redes e ele próprio para o fundo das redes. Foi pouco? Foi o que era preciso.
5 Samuel Dahl — Entrou para lateral-direito, como já tinha acontecido na receção ao Barcelona, também por lesão de Tomás Araújo, e sentiu algumas dificuldades — foi pelo seu flanco que o Gil conseguiu arrancar as poucas investidas que deram sinal de vida no segundo tempo. Teve uma falha potencialmente comprometedora aos 64’, mas foi salvo por António Silva.
5 Akturkoglu — Foi a jogo para dar mais apoio a Dahl do que aquele que Amdouni estaria então em condições de proporcionar, e cumpriu essa missão, mas faltou-lhe mais serenidade e eficácia a atacar.
6 Di María — Regresso muito saudado à competição em Barcelos, e com pormenores que mostram quão importante ainda pode ser para a equipa do Benfica nesta reta final da temporada: arrancada e remate em jeito aos 78’, um pouco ao lado; centro açucarado para Pavlidis aos 88’, a que o grego não chegou por centímetros; e, mesmo a acabar, o penálti sofrido e depois convertido com classe para fechar as contas do jogo.
5 Pavlidis — Foi prejudicado pela forma como o jogo seguia, como o futebol do Benfica perdera propósito, e o melhor que conseguiu foi um remate de pé esquerdo para fora, aos 79’, após bom trabalho individual.
(-) Renato Sanches — Oito minutos a frio, com o jogo resolvido, e sem oportunidade de deixar marca.