De regresso às competições internacionais depois de, em dezembro, ter fechado a temporada de 2024 com a participação no Grand Slam de Tóquio, onde já competiu nos -70 kg, Bárbara Timo (242.ª do ranking) alcançou a medalha de prata no Open Europeu de Varsóvia ao perder na final, por ippon, contra a alemã Dena Pohl em 1.34m. Esta, tal como a judoca do Benfica, subiu de categoria esta época depois de ter cumprido o anterior ciclo olímpico nos -63 kg.

«Estou muito feliz. Trata-se do regresso aos -70 kg e estar na primeira prova do ano e chegar logo à final é muito gratificante depois de tanto trabalho e também de ter tomado a decisão de subir de categoria contando com o apoio do meu clube, dos treinadores, da federação e do Comité Olímpico. Gostei bastante de poder devolver este resultado a tantas pessoas que acreditam em mim e estão comigo no dia a dia», começou por afirmar Bárbara a A BOLA após ter subido ao pódio para receber a sua sexta medalha (1+3+2) numa etapa do Circuito Europeu. Ela que costuma competir quase exclusivamente no Circuito Mundial, onde colecionada 12 pódios (5+1+6)

Se no Japão Timo, de 33 anos, não havia ido além da ronda inaugural após a presença nos Jogos de Paris 2024, desta feita, à procura de ritmo para os -70 kg, em que já foi vice-campeã mundial em Tóquio-2019 e teve a primeira das duas presenças olímpicas em Tóquio-2020, Bárbara apenas foi travada na final contra uma adversária, de 25 anos, que, curiosamente, nunca defrontara.

Ontem, no CAiLS Sports Hall da capital polaca, estando isenta da ronda inaugural, começou por eliminar a belga Maxine Heynes por yuko, para de seguida ultrapassar a ucraniana Anna Oliinyk-Korniiko por wazari num confronto que obrigou a extenuantes 7.39m.

Já nos quartos de final afastou a checa Julie Zarybnicks com dois wazaris em 1.07m, para então, na meia-final, assegurar que estaria na discussão do título ao derrubar a britânica Kelly Pollard com um ippon decorridos 5.27m.

«Este é apenas o começo, ainda temos um longo caminho [até aos Jogos de os Angeles2028], mas estou muito satisfeita e aliviada por, mais uma vez, ter tomado uma decisão difícil mas acertada», concluiu a judoca que também foi bronze no Mundial Tashkent 2002 (-63 kg).

Quem esteve igualmente em particular evidência foi Otari Kvantidze (-73 kg), provando que o 5.º lugar conseguido, há duas semanas, no Grand Slam de Paris, não havia acontecido por mero acaso. O judoca do Sporting, de 21 anos, voltou a mostrar que tem direito a pertencer à Seleção principal e conquistou a sua primeira medalha no Circuito Europeu ao garantir o bronze contra o cazaque Ykylas Alseit graças a um yuko.

Também dispensado da 1.ª ronda, na segunda Kvantidze eliminou o brasileiro Guilherme de Oliveira através de um ippon a 38s do fim, para, de seguida, voltar a resolver pela pontuação máxima, mas após 5.23m, a luta contra o britânico Ethan Nairne.

Depois de eliminar nos oitavos o espanhol Sergio Garcia por ippon em 2.05m, a única derrota aconteceu nos quartos de final contra o também espanhol Diogo Fernandez (ippon), aos 1.48m. Otari não se deixou esmorecer e na repescagem ultrapassou o romeno Lucian Dumitresco, por ippon em 3.45m, para passar ao combate que lhe deu direito a terminar medalhado.