A caminhada do Tondela na 2.ª Liga tem sido extraordinária e pautada por inúmeras exibições de luxo e dignas de campeão. Não fossem os auriverdes líderes isolados do campeonato, a caminho de terminar a 28ª ronda com 54 pontos, após uma reviravolta no encontro com o Feirense (2-1). 

De vários intervenientes essenciais para este percurso, como é o caso do "homem do leme" Luís Pinto, também sobressai o guardião Bernardo Fontes, em temporada de estreia na 2ª Liga. "Sentimos uma grande evolução, os números falam por si. Tem sido uma temporada muito produtiva para mim tanto em termos de números, quanto em termos de boas atuações e espero continuar assim", confidenciou o guarda-redes, de 22 anos, em declarações ao portal brasileiro Lance, transmitindo ainda a competitividade do 2.º escalão do futebol português: "É uma liga muito boa, que muitas pessoas olham com bons olhos, tem muita qualidade tanto a nível individual, quanto coletiva e acredito ser uma boa vitrine."

Mas desde cedo que Bernardo Fontes ficou adaptado ao futebol na Europa, tendo chegado para os sub-19 do Sp. Braga, em 2020, com apenas 17 anos e proveniente do Flamengo. "Acredito que, quanto mais cedo chegas, mais facilidade tens para te adaptares ao jogo, à nova cultura. Passei quatro anos no Sp. Braga integrado com os profissionais, indo para jogos de Liga Europa, Champions e isso vai dando novas experiências", contou Bernardo Fontes.

E prosseguiu: "Sinto que foi muito bom ter passado por isso cedo. A principal diferença (para o Brasil) foi o rigor. Como eles são rigorosos com pequenos detalhes, tanto dentro de campo, quanto fora deles. Taticamente, são muito detalhistas. 

Veja outras respostas de Bernardo Fontes em declarações ao portal 'Lance': 

Temporada no Tondela: "Eu acredito no dia a dia, procuro fazer o meu melhor em todos os jogos e ajudar a equipa a vencer em todos os finais de semana. Volto a lembrar que, no início da temporada, a subida não era o principal objetivo, mas estamos em uma boa posição. A euforia fica por conta dos adeptos, mas queremos fazer o nosso melhor."

Gabriel Batista, jogador do Santa Clara com quem coincidiu no Flamengo: "Tenho uma boa relação com ele e uma admiração pelo trabalho dele. Não tenho muito contato, mas sei do caminho e da bonita história que ele está escrevendo no clube dele. Mas eu também olho basicamente pra mim, para fazer um bom trabalho e escrever a minha história bem feita."

História engraçada no Brasil: "Na Taça Rio Bonito sub-11, em que jogam os quatro grandes do Rio. A nossa equipa não tinha guarda-redes, mas eu nunca gostei de perder e falei que iria para a baliza para não perdermos o jogo. Tive um bom rendimento, fui eleito o melhor guarda-redes da competição e outros clubes do Rio de Janeiro chamaram-me e foi assim que começou. Vi que tinha jeito pra isso e nunca troquei, nunca pensei em algo diferente que não fosse ser guarda-redes."