O P. Ferreira visita, este domingo, pelas 20h30, o Vizela, em jogo a contar para a 26ª jornada da Liga Portugal Meu Super. Carlos Fangueiro quer imediatamente responder aos últimos desaires e devolver os castores ao caminho da permanência, mesmo sabendo que o Vizela é um adversário que atravessa um excelente momento de forma. Deste modo, o técnico dos pacenses apontou alguns erros de arbitragem e fatores que levaram à fase menos boa da sua equipa.

O Vizela tem fortes valores individuais, o que estudou da equipa? "Partilho dessa opinião, o Vizela está num momento de forma incrível, se não estou em erro, são 11 jogos sempre a conquistar pontos, sendo que oito são vitórias e três empates. Nós, o que analisámos é que eles pressionam muito alto, além dos valores individuais e da confiança incrível, que permite uma dinâmica ofensiva muito grande. Não espera pelo adversário, é uma equipa que vai continuar a jogar da mesma forma, mas não vou poder falar da nossa estratégia. Mas com certeza trabalhámos certos aspetos."

A que se deve o menor nível exibicional da sua equipa? "Não tenho, por hábito, queixar-me daquilo que me acontece, sou positivo e é o que tento passar. É verdade que, no último jogo, tendo em conta suspensões e lesões, fomos forçados a mudar o sistema de jogo. Esta equipa foi elaborada para um 4-3-3 ou 4-2-3-1 e, na ausência de extremos, tive que adaptar. Em vez de três, tentei usar quatro homens no meio-campo, para ficarmos em superioridade numérica. O jogador livre tinha que desempenhar um melhor papel sem bola. A qualquer mudança de sistema, requer trabalho. Após o final do jogo fiquei surpreendido, porque, a dada altura, há um comentador da Sport TV que diz que, até à expulsão do Gonçalo, tínhamos o dobro dos ataques do Torreense. Uma pressão muito forte no início da segunda parte, sendo mais agressivos e isso criou cantos e cruzamentos. Acredito mesmo que, com 10, estava a resultar até ao momento que levámos com a segunda expulsão. Mas não estivemos tão mal quanto isso, apesar do resultado. Perspetivávamos outro tipo de resultado."

O resultado e as expulsões afetaram a parte mental do seu coletivo? "Estou feliz por ter criado uma nova dinâmica e confiança nos jogadores. Para mim, deveríamos ter, no mínimo, mais sete pontos. Obviamente que, sendo a mola real os resultados, os jogadores ficam mais confiantes. A confiança, assim, fica afetada, sobretudo numa situação delicada em que o clube se encontrava quando cá cheguei. Fomos afetados em alguns resultados, mais uma vez. O que nos resta é o caminho, olhar para a frente, é importante passar para os jogadores que, quem vai jogar, tem de dar o máximo para ganhar."

Sentiu algum efeito das eleições que o clube estará envolvido em breve? "Acho que, se isto acontecesse na fase terminal do campeonato, isso seria o ideal. As coisas aconteceram da forma que ocorreram. Este clube tem de estar na 1ª Liga o quanto antes, este clube não é um clube da 2ª Liga. As condições, os adeptos e fundamentalmente a condição humana fantástica reúnem as condições, menos a financeira, para projetar o clube onde merece estar. Espero que, quem vier, tenha um projeto muito sério e elaborado para projetar este clube para o mais alto patamar do futebol português."

Indisponíveis. "O Diegão está recuperado e disponível, Temos o Caiado em dúvida, eventualmente terá de fazer um teste, ver o que vai acontecer no tratamento. Temos os jogadores suspensos, o Marcos Paulo está fora por um cartão vermelho injusto, na minha ótica e o Afonso Rodrigues, por lesão que, infelizmente para nós, acabou a época para ele."