Como explica a atual situação da equipa (somou o nono jogo sem vencer) e como poderá sair dela?

É ter uma vitória, as coisas vão se transformar. Acho que a equipa não está desligada, a equipa está competitiva, unida, acredita e acaba por fazer dois grandes jogos (ndr: frente a SC Braga e Benfica), e agora temos de manter esta toada, esta organização, esta fome, este espírito de grupo para conseguimos, em casa, vencer o Casa Pia e dar o safanão nesta fase.

Disse que seria preciso um momento de sorte para conseguir vencer aqui o Benfica. O Benfica teve dois azares (ndr: lesões de Bah e Manu) na 1.ª parte e podia ter feito o 4-1, Ainda teve esperança de pontuar?

Tive sempre esperança, acho que esteve na cara, aos olhos de toda a gente, que a nossa equipa fez um grande jogo. O Benfica tem o lance do primeiro golo, em que é um penálti em que a bola vai bater na mão do meu jogador, não discuto, e no segundo acaba por ter sorte, é uma carambola e a bola a prensar ali entre os nossos dois jogadores.
O Benfica acaba por ser feliz, o que não nos aconteceu a nós, acho que os nossos golos foram mérito da nossa parte e competimos com uma equipa como o Benfica a este nível, em casa deles, num estádio cheio, com uma personalidade tremenda. Faltou, se calhar, se fosse aquele penálti marcado, faríamos o 3-3 e acho que era um resultado mais consentâneo, até porque por todas as estatísticas e o que aconteceu no jogo, acho que seria o resultado justo.

Procurou a pressão alta na tentativa de recuperar bolas em zonas adiantadas, do terreno, mas essa estratégia deixou algum espaço atrás. Que balanço faz dessa escolha?

Acho que a estratégia foi bem escolhida. Sabíamos que nos iam-nos ter dificuldade em algum momento – o Benfica, em muitos momentos, projeta os dois laterais ao mesmo tempo e põe os extremos por dentro, e sabíamos que tínhamos de responder rápido e correr esse risco, principalmente nos momentos em que o Benfica nos empurrava mais para baixo. Tentámos obrigar o Benfica a jogar para trás e não ficar muito tempo em zona baixa a defender porque caso contrário a equipa iria cansar-se mais e acabar por abrir um buraco.