São 16 golos em 28 jogos, números que significam os melhores registos da carreira de Clayton. O ponta de lança brasileiro, de 26 anos, está em ponto de rebuçado e promete ser uma autêntica seta apontada à baliza do Benfica, no próximo domingo (18h).

Os números são de tal forma impactantes que o sul-americano conseguiu numa só época no Rio Ave marcar tantos golos quantos tinha apontado em duas temporadas ao serviço do Casa Pia (2022/2023 e 2023/2024). E em menos de metade dos jogos: 28 nos rioavistas, 64 nos gansos.

E para que se perceba com maior rigor o instinto matador do brasileiro, A BOLA esteve à conversa com João Nunes, antigo colega de Clayton nos casapianos e que antevê problemas ao Benfica.

«Tem todas as condições para colocar o Benfica em sentido, tal como tem feito com outros clubes. O Rio Ave tem capacidade para isso, não é uma equipa que se feche durante os 90 minutos e que vai querer alguma coisa do jogo, pelo que o Clayton pode vir a incomodar a defesa do Benfica», começou por dizer o jogador formado nos encarnados (contabilizou também 57 jogos pela equipa B das águias) e que representa atualmente os húngaros do Ujpest.

E como era, afinal, marcar Clayton nos treinos? A resposta do antigo internacional jovem luso é curiosa: «Era um ponta de lança muito chato para os defesas-centrais. No bom sentido, claro. Promove o contacto e os duelos individuais. Algo que, no fundo, também é bom para nós, porque nos obriga a estar nos limites para os jogos.»

A veia goleadora do brasileiro em Vila do Conde não surpreende minimamente o português. «Já no Casa Pia demonstrou que tinha capacidade para fazer golos. Voltou ao Brasil numa oportunidade de carreira, mas as coisas não correram como ele desejava. Voltou a Portugal, neste caso ao Rio Ave, e o bom projeto do clube, que tem uma equipa muito interessante, também favoreceu o instinto matador do Clayton», analisa, não sem antes concluir dizendo que o antigo colega «é um bom elemento de grupo e que se integra muito bem no seio dos plantéis».