De sentido único. Num jogo que se previa equilibrado e difícil para os da casa - regressados da uma deslocação da história das competições europeias - o Vitória SC atropelou o Gil Vicente por 4-0 e regressou ao triunfos na Liga Portuguesa.
Ao 15º remate do primeiro tempo, Chucho Ramírez inaugurou o marcador em 45 minutos que, da parte do Gil Vicente, só entraram as camisolas. Na segunda parte, a tarefa foi bem mais fácil. Sandro Cruz ofereceu a tranquilidade no primeiro lance do segundo tempo, Manu aumentou as contas e Nélson Oliveira, já perto do final, fechou as contas do marcador.
A11 no sentido Guimarães-Barcelos
Na ressaca europeia, com diferenças de fuso-horário incluídas - depois da longa viagem ao Cazaquistão - o Vitória SC voltou ao D. Afonso Henriques. Como já tem sido apanágio, Rui Borges alterou seis peças em relação ao jogo em Almaty, enquanto o Gil Vicente, em comparação ao último jogo no campeonato, mudou quatro peças, duas delas na defesa - o setor que tem sido o mais debilitado da equipa.
As duas equipas entraram na partida com vista a dar uma resposta às derrotas sofridas na última jornada, mas foi o Vitória SC quem, desde cedo, mostrou vontade em chegar rapidamente ao golo. Velozes e pressionantes, os de rei ao peito criaram oportunidades desde cedo na partida. Jesus Ramírez e Kaio esbarraram as suas tentativas em adversários, mas os forasteiros estavam encostados às cordas.
Com Mane e Samu no meio campo, os Conquistadores pressionaram bem alto e conseguiram ganhar a bola em zonas avançadas do terreno por algumas ocasiões. Depois, com combinações rápidas e os laterais a subirem à largura, o perigo parecia aparecer de todo o lado. O Gil Vicente foi resistindo, muito por causa pelas defesas de Andrew, que se exibiu a grande altura.
O pressing vitoriano foi constante, o volume ofensivo também, mas parecia existir uma aversão a golo no castelo, semelhante à que havia assolado a equipa diante do Astana - onde marcou um golo em 34 remates efetuados. Desta vez, foi à 15ª tentativa e o obreiro foi o mesmo. Manu recuperou em zona alta, lançou pela direita para Nuno Santos, que rematou forte para defesa de Andrew e, sozinho na pequena área, Chucho inaugurou o marcador.
Primeira parte de sentido único, em que o Vitória seguiu a alta velocidade pela A11, a autoestrada que liga Guimarães a Barcelos.
A compensar os perdoados anteriormente
Apesar da dificuldade evidente do Gil em criar e até de travar a ofensiva do Vitória SC, Bruno Pinheiro nada alterou ao intervalo, algo que se preconizou na equipa, que entrou com a mesma qualidade - pouca - no segundo tempo.
No primeiro ataque da metade complementar, João Mendes cruzou da esquerda e Sandro Cruz antecipou-se a Andrew, colocando a bola na própria baliza. Faltou comunicação e classe, não só no golo mas em todo o jogo dos barcelenses.
Com o jogo praticamente resolvido dada a inoperância gilista, o Vitória SC seguiu em velocidade cruzeiro e, de bola parada - uma das imagens de marca da equipa de Rui Borges - aumentou o marcador. Nuno Santos cobrou o canto à direita e Manu Silva, nas alturas, deu a machadada final na (pouca) esperança dos (poucos) adeptos do Gil Vicente que se deslocaram a Guimarães.
Até ao fim, as equipas foram jogando a pensar já no apito final, mas Nélson Oliveira ainda foi a tempo de picar o ponto e fechar o resultado em 4-0 para o Vitória SC, que foi indubitavelmente a melhor equipa em campo.