
Da Serie D brasileiro à estreia a marcar na Liga passaram cerca de seis meses. Yan Maranhão teve uma ascensão meteórica e os golos foram o seu cartão-de-visita: marcou 14 em 17 jogos pelo Anadia da Liga 3.
«A primeira impressão que tive do Yan foi bastante boa. Pareceu-me alguém muito motivado, disposto a ouvir, com muita vontade de agarrar a oportunidade que lhe tinham dado. Além disso, tinha as características que queríamos para a equipa, era forte a segurar a bola e nos apoios frontais, com boa capacidade técnica e de finalização», diz Bruno China a A BOLA.
Bruno China foi um dos treinadores que trabalhou com o avançado nos Trevos da Bairrada nos primeiros seis meses da temporada. O técnico, de 42 anos, não se mostrou surpreendido pelo facto de Yan Maranhão ter despertado a cobiça de clubes da Liga em tão pouco tempo.
«Senti que tinha características para evoluir até outro patamar. Se calhar já tinha condições para estar num outro patamar. Mas não temos uma bola de cristal. O Yan teve bons desempenhos durante o campeonato e marcou em praticamente todos os jogos, o que chamou a atenção de clubes superiores», defende.
Depois dos golos na Liga 3, Yan Maranhão foi recrutado pelo Moreirense, mas só se estreou no passado fim de semana e logo com um golo de cabeça no empate contra o Santa Clara. Bruno China considera, ainda assim, que o jogo aéreo é uma lacuna que o avançado ainda tem.
«Embora tenha feito um grande golo de cabeça contra o Santa Clara, acho que ele ainda pode melhorar a capacidade de jogo aéreo. Parece uma contradição porque ele fez um excelente golo, mas é um aspeto no qual ainda pode evoluir. Ele é muito forte a finalizar com os dois pés e nos apoios frontais, mas ainda tem essa lacuna. Acho que também precisa de ser mais agressivo a chegar às zonas de finalização», analisa o treinador, atualmente sem clube depois da saída do Anadia.
Seja, por fim, bem-vindo à Liga, Yan Maranhão.