O FC Porto venceu os gregos do Maroussi e os turcos do Tofas Bursa ganharam aos espanhóis do Saragoça (80-79), no outro jogo de que dependia a qualificação dos dragões para os quartos de final da Taça Europa, conjugação de resultados que não valeu o apuramento à equipa portuguesa.

Os portistas necessitavam que os turcos perdessem e de triunfarem sobre os helénicos por uma vantagem bastante superior aos quatro pontos com que fez (80-76). Assim, ficaram na terceira posição do grupo, inelegível para a próxima fase.     

O primeiro período foi deveras atípico. Os primeiros pontos só se registaram à passagem dos 2.30 minutos, um triplo dos gregos, e os portistas abriram o ativo apenas após cinco minutos, com um lançamento de dois pontos de Miguel Queiroz a interromper um parcial de 0-10 do Maroussi. O início desastroso dos dragões continuou até escabrosos 2-15 aos seis minutos, precedendo não menos surpreendente recuperação para igualdade a 15, com que se atingiu o intervalo, na sequência de parcial recorde na partida de 13-0. 

Se o quarto inicial de jogo foi de extremos e contrastes, mas culminando em perfeito equilíbrio, o que se seguiu manteve-o sem grandes oscilações até ao intervalo. Não houve diferença superior a três pontos para cada uma das equipas, que continuaram a alternar a liderança do marcador. À saída para os balneários, a balança pendia para o prato azul e branco, mas tão-só por dois pontos: 34-32 (19-17). 

O terceiro período trouxe novidades. O Maroussi surgiu mais acutilante, assumiu o comando das operações, colocando o FC Porto sob pressão, e pouco depois dos cinco minutos colocava-se em vantagem por dez pontos (38-48), a segunda maior no jogo. Os dragões reagiram então, exibindo muito maior acerto, foram recortando o atraso, chegando ao final do penúltimo quarto empatados com os helénicos (55-55) e com tudo em aberto na discussão sobre o vencedor. 

O derradeiro período teve domínio quase total dos portistas, principalmente a partir dos quatro minutos, quando a equipa orientada por Fernando Sá atingiu os seis pontos de vantagem, que foram constantes quase até à última buzina.

Fernando Sá, treinador do FC Porto: «Entrámos com muita pressão e ansiedade e acusámos-las. Mas reagimos bem. Ao intervalo falámos para tentar transformar a ansiedade em aspectos positivos e tivemos vários momentos de qualidade. Em resumo desta participação, fica um bocadinho o amargo de boca. As derrotas nos três primeiros jogos...»