Uma semana após ter saído com uma igualdade do dérbi com o Sporting e ter, por isso, mantido intacta a distância para o mais direto perseguidor pela sua liderança, o Benfica enfrentou uma complicada deslocação à Madeira para defrontar o Marítimo. No fim, a águia saiu incólume e conquistou os três pontos graças a um golo de Laís Araújo, obtido já na segunda parte e que se revelou precioso para manter a invencibilidade no campeonato – e a liderança fora de alcance.
O Benfica teve de lidar com uma entrada confiante das insulares, que não temerem o poderio adversário e até controlaram o primeiro quarto de hora de jogo; as encarnadas foram subindo progressivamente de produção e intensificou a pressão a partir da meia hora, tendo aos 37 minutos tido uma grande penalidade assinalada a seu favor, mas invalidada após intervenção do VAR e visionamento das imagens por parte da juíza Teresa Oliveira. A partida seguiu, por isso, para intervalo sem golos.
Faltava, ainda assim, um lance de golo iminente e, nesse sentido, Filipa Patão recorreu ao banco de suplentes para lançar, logo no arranque da segunda parte, as habituais titulares Lúcia Alves, Nycole Raysla e Cristina Martin-Prieto, com as duas últimas a conseguirem ter impacto imediato e com apenas quatro minutos em campo a brasileira obrigou a guarda-redes maritimista, Nicole Panis, a uma excelente defesa, com a espanhola a desperdiçar a recarga com um remate em rotação, mas para fora.
Martin-Prieto voltou a estar próxima do golo aos 58’, mas perdeu o duelo com Panis, que após a segunda intervenção de qualidade não foi feliz, segundos depois, perante a cabeçada de Laís Araújo, central benfiquista que surpreendeu a defesa adversária para corresponder a passe bem medido de Marit Lund pela esquerda.
As encarnadas alcançaram, como pretendiam, a vantagem e tentaram aumentá-la com sucessivas oportunidades que no entanto não foram convertidas ora por ineficácia, ora por mérito de Nicola Panis, e perto do final, aos 85’, Andreia Norton esteve perto de sentenciar a partida com um grande remate que levou a bola a embater, com estrondo, no poste, mantendo-se assim o 1-0. Tangencial, mas suficiente para os intentos benfiquistas.