Fernando Gomes quer reforçar a posição de Portugal nos organismos olímpicos internacionais, ao mesmo tempo que cria condições para que os atletas "possam atingir o seu máximo potencial", caso seja eleito presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP).
"A nossa candidatura assenta em princípios estratégicos sólidos, enriquecidos e complementados com os contributos dos muitos que nos apoiam neste caminho, e que serão refletidos no programa eleitoral que apresentaremos no próximo dia 18 de fevereiro, às 17:00, na sede do COP", lê-se na carta enviada hoje às federações pelo candidato à presidência do organismo olímpico nacional, a que a Lusa teve acesso.
No texto no qual anuncia que a antiga nadadora Diana Gomes, presidente da Comissão de Atletas Olímpicos, será a secretária-geral do COP caso seja eleito, o ainda presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) recorda as prioridades da sua candidatura, que visa "engrandecer o olimpismo e continuar a elevar o desporto português ao mais alto nível".
Preconizando uma abordagem centrada no atleta, o candidato às eleições de 19 de março pretende criar condições para que os estes possam atingir o seu máximo potencial, "dentro e fora da competição".
"É essencial reforçar os apoios à sua preparação, melhorar os planos de transição de carreira e assegurar um acompanhamento mais próximo durante e após a vida desportiva. O COP deve ainda assumir um papel mais ativo na proteção dos direitos dos atletas e na criação de condições que permitam conciliar o alto rendimento com a educação e a vida profissional", defende.
Fernando Gomes quer também "fortalecer o diálogo e a cooperação entre federações, clubes, treinadores e todos os agentes desportivos, garantindo uma governação participativa e eficaz".
"O COP deve promover a partilha de boas práticas e a articulação com entidades públicas e privadas, maximizando os recursos disponíveis para o desenvolvimento do desporto. Darei ainda continuidade ao trabalho que desenvolvi no passado para reconhecer e valorizar os dirigentes desportivos voluntários, cujo papel é essencial para crescermos enquanto nação olímpica", indicou.
Reforçar a posição de Portugal nos organismos olímpicos internacionais, "assegurando maior influência e melhores oportunidades" para atletas e federações é outro objetivo do candidato, que acredita que o COP deve ter uma presença "mais ativa nestas instâncias".
O dirigente quer também "promover um modelo de crescimento equilibrado, focado na inovação, na eficiência dos recursos e na responsabilidade ambiental", considerando que o organismo olímpico deve "incentivar práticas sustentáveis nas infraestruturas desportivas, fomentar a economia circular e adotar critérios de sustentabilidade".
Para Gomes, é crucial aumentar a participação feminina no desporto, tanto ao nível da prática como da liderança, e reforçar o apoio ao desporto adaptado, com o candidato a considerar que "o COP deve ser um motor de mudança".
"A enorme mobilização e entusiasmo à volta da candidatura demonstra que são cada vez mais os que nos reconhecem como um projeto de convergência, união e compromisso com o desporto português. Estamos focados em construir um COP forte e preparado para os desafios do presente e do futuro. Um COP como plataforma de participação ativa, em que todas as federações terão voz e impacto real nas decisões que moldam o olimpismo nacional", conclui na carta a que a Lusa teve acesso.
Além de Gomes, concorrem à presidência do organismo os antigos secretários de Estado do Desporto Laurentino Dias e Alexandre Mestre.
As eleições marcadas para 19 de março vão eleger o sucessor de Artur Lopes, que assumiu a presidência do COP após a morte de José Manuel Constantino em agosto passado.