É mais um episódio num ano marcado por profundadas mudanças no status quo do FC Porto. Neste caso, são ainda consequência de uma noite que deixou feridas que ainda estarão por sarar no seio de um dos principais clubes portugueses.
O conselho fiscal e disciplinar do FC Porto decidiu expulsar, por unanimidade, Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vítor Catão e Vítor Aleixo, diz o “Jornal de Notícias”. A sanção deve-se ao sucedido na assembleia geral extraordinária, de novembro de 2023.
O antigo presidente dos Super Dragões, a sua mulher e outros ex-dirigentes da claque foram alvo de procedimentos disciplinares que decorreram ao longo dos últimos meses. Também Fernando Saúl, antigo oficial de ligação aos adeptos, foi castigado, no caso com uma suspensão de 45 dias. Todos os visados podem recorrer.
De acordo com a acusação do Ministério Público, foi criada, na assembleia geral extraordinária de 13 de novembro de 2023, um “clima de intimidação e medo” por parte de elementos dos Super Dragões. O objetivo era pressionar à aprovação de uma revisão estatutária, a qual seria do interesse da direção de Pinto da Costa, então ainda em funções.
Segundo as acusações, as pessoas do grupo liderado por Fernando Madureira intimidaram, cuspiram, atiraram garrafas e bateram em sócios que apoiavam André Villas-Boas, então na calha para se candidatar contra Pinto da Costa. O ex-presidente sempre defendeu o antigo chefe da claque. “Mas ele matou alguém? Ele roubou alguém?”, chegou a questionar Pinto da Costa, em abril.
Fernando Madureira, principal arguido da Operação Pretoriano, está em prisão preventiva desde fevereiro. Vítor Catão encontra-se em prisão domiciliária.