
Após o apito final no triunfo do Benfica sobre o Valadares Gaia (3-0) que confirmou a conquista do pentacampeonato nacional feminino para as encarnadas, a festa foi imediata e Filipa Patão foi atirada ao ar pelas suas jogadoras por cinco vezes, tantas quantos os títulos nacionais consecutivos agora celebrados, e não escondeu o seu orgulho.
«É impossível uma treinadora ter sucesso se não tiver, primeiro, um grupo de jogadoras extraordinárias, que acredite, e o nosso é fazerem-nas acreditar em nós e no que nós passamos e nós acreditar nelas, no que elas conseguem fazer. No início, muita gente nos cortou as asas, mas continuámos a voar», afirmou a técnica.
«Elas foram inexcedíveis em todos os momentos e, depois tive também uma equipa de trabalho muito competente, que também me ajudou sempre a ser também a minha melhor versão e a melhor versão dos jogadoras. Portanto, digo que sou a pessoa menos responsável, estou aqui a dar a cara mas sou a menos responsável. Se quiserem perguntar algo, perguntem a estas jogadoras e a este estádio magnífico, porque eles são os grandes responsáveis por este pentacampeonato», atribui.
Uma ideia de contrariar quem quis «cortar as asas» à águia também partilhada pela capitã de equipa Pauleta, que considera, inclusive, que «não foi só este ano» que sucedeu. «Parece que é ano após ano que se duvida sempre da nossa equipa, da qualidade que vamos apresentar a cada época. É normal, também faz parte e levamos muitos anos a ganhar muita coisa e as equipas adversárias querem sempre tentar fazer-nos alguma feridinha para nos beliscar e tentar deitar-nos um pouco abaixo», considerou, satisfeita por mais uma conquista.
«O segredo é continuar forte, continuarmos a trabalhar com os pés na terra. Sabemos que se num ano ganhámos tudo, como no ano passado, no ano a seguir vamos ter de começar desde o chão, voltar a escalar a montanha e com os pés bem assentes na terra, a trabalhar bem, com qualidade e competência e o foco é máximo», garantiu a galega, por fim.