
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu um processo disciplinar (processo n.º 57) a Boavista e Vitória na sequência do jogo disputado no último domingo no Estádio do Bessa. Em causa estão os insultos de natureza racista ao guarda-redes Bruno Varela, durante o encontro entre os dois conjuntos, a contar para a 25.ª jornada da Liga, realizado no Estádio do Bessa.
O jogo esteve momentaneamente interrompido perto do final da 1.ª parte quando o guarda-redes e capitão do Vitória saiu da sua área, alegando ter sido alvo de insultos racistas provenientes do setor onde está a claque axadrezada.
Bruno Varela dirigiu-se ao banco do Boavista, onde esteve em diálogo com o treinador Lito Vidigal, recebendo apoio tanto dos jogadores como das equipas técnicas de ambas as equipas. Após este momento, e com intervenções do speaker do estádio e do jogador Rodrigo Abascal, que apelaram à contenção dos adeptos, o guarda-redes acabou por regressar à baliza e o jogo foi retomado. O Vitória venceria a partida por 2-1.
A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) anunciou na segunda-feira a instauração de um processo contraordenacional relacionado com este episódio. Este processo poderá resultar numa multa ao Boavista e na aplicação de uma sanção que poderá obrigar o clube a realizar entre dois a cinco jogos à porta fechada.