

Não se estava à espera que os New York Jets fossem uma das principais equipas à procura de um Quarterback no draft deste ano. De facto, apesar de vários jogadores de qualidade indiscutível, os homens de verde ainda têm alguns buracos para preencher no plantel e a contratação de Justin Fields permitia, pelo menos, garantir um período de transição com alguém minimamente capaz e portador de algum potencial ao leme. Ainda assim, as escolhas da equipa neste draft demonstraram alguma fé em Fields e um apetite para lhe dar uma real oportunidade antes de procurar outra solução.
Desde logo, as duas primeiras rondas resultaram em escolhas do lado ofensivo. Primeiro, Armand Membou foi o escolhido para finalizar uma linha ofensiva que tem agora potencial para ser uma das melhores da liga, além de, pela idade dos cinco elementos, estar encaminhada para dominar durante vários anos.
Na segunda ronda, foi a vez de reforçar o grupo de Tight Ends. E, com Mason Taylor, um dos mais bem cotados prospectos na posição neste ano, há ainda mais auxílio a bloquear, além de disponibilizar uma nova arma para o ataque aéreo. Esta era uma das posições mais necessitadas dos Jets e juntar um talento promissor a um coordenador ofensivo com experiência em desenvolver esta posição coloca o conjunto de New York numa posição muito mais confortável.
Para o ataque, os Jets adicionaram ainda o receiver Arian Smith na quarta ronda, um jogador mais cru, mas com uma velocidade de ponta excepcional que tentarão desenvolver como alguém capaz de abrir buracos em profundidade.
Já do lado defensivo, o grande acrescento deu-se na terceira ronda com Azareye’h Thomas, um cornerback esguio que parece ter tudo para ser o futuro parceiro de Sauce Gardner. Nas rondas mais tardias, o safety Malachi Moore terá oportunidades para ganhar um lugar, enquanto que Tyler Baron deverá integrar a rotação da linha defensiva. Já Francisco Mauigoa lutará por um lugar nos 53, podenco causar algum impacto nas equipas especiais.
Contudo, uma das chaves da análise deste draft está numa ausência. Seria normal que, no terceiro dia, os Jets acabassem por selecionar um Quarterback de desenvolvimento, como Kyle McCord ou Will Howard, mas decidiram não fazer, mostrando fé nos homens atualmente sob contrato. Assim, há a certeza de que este é um ano para Fields e que não haverá ruído nem distrações enquanto este tem a sua oportunidade para ganhar o lugar a longo prazo.