O ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aterrou esta segunda-feira em Luanda, devido a um projeto apoiado pelos EUA de uma linha de ferro desenhada para transportar minerais preciosos - o Corredor de Lobito. No entanto, o perdão concedido ao filho, Hunter Biden, das condenações relacionadas com posse de armas e ocultação de consumo de drogas às autoridades, ofuscou a visita.
A maioria das perguntas feitas à porta-voz do presidente, Karine Jean-Pierre, segundo a agência Reuters, foram sobre essa decisão polémica, o que desviou o foco do investimento que está a ser realizado em África. Biden não respondeu a perguntas sobre este tema e Jean-Pierre remeteu as respostas para o comunicado divulgado pela Casa Branca.
O ainda presidente norte-americano deve encontrar-se com o presidente angolano, João Lourenço, esta terça-feira, para discutir o projeto dos caminhos de ferro e visitar o museu nacional da escravatura.
Os Estados Unidos fundam parcialmente o Corredor de Lobito (cuja operação foi assumida pela Mota-Engil), que foi criado para interligar Angola com a República Democrática do Congo de modo a transportar minerais como o cobre e o cobalto, valiosos devido à sua utilidade para baterias e outros aparelhos eletrónicos. Surge também como resposta ao investimento que a China tem feito na região – nomeadamente na Tanzânia e a Zâmbia - com o mesmo intuito.