O presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Lourenço, vai recandidatar-se a um terceiro mandato, nas eleições marcadas para 18 de março, confirmou o próprio à agência Lusa, esta sexta-feira.

O dirigente, que preside ao CPP desde março de 2017, assume que o principal objetivo continua a ser »fazer mais e melhor, num trabalho alicerçado na inovação e no conhecimento, para que a inclusão e a excelência desportiva sejam a realidade para todos os atletas paralímpicos e surdolímpicos».

José Lourenço, que no atual mandato viu a equiparação entre atletas paralímpicos e olímpicos tornar-se uma realidade, garante também o empenho em «encorajar e fomentar a procura de novos talentos, através de um trabalho articulado entre as federações desportivas e o comité».

No seu manifesto eleitoral para o mandato 2025-2028, o candidato elenca sete pilares fundamentais, entre os quais a preparação e participação desportiva, ponto no qual assume a necessidade de «contratualizar com o Estado novos contratos-programa paralímpico e surdolímpico, ajustando os regulamentos atuais para um crescimento sustentado».

A construção do Centro de Inovação, Investigação e Desenvolvimento Paralímpico está também entre as prioridades do candidato para o próximo mandato, que lembra que o «projeto está pronto a avançar, e é de extrema importância para o universo paralímpico, pois tornar-se-á num espaço ao serviço dos atletas e demais agentes desportivos»

O reforço das parcerias com universidades e centros de investigação, que segundo José Lourenço «são fundamentais para o desenvolvimento do movimento paralímpico», e a classificação funcional desportiva, apostando numa bolsa de classificadores portugueses, são outras das apostas do candidato.

Durante o próximo mandato, a direção do CPP terá de organizar as missões aos Jogos Surdolímpicos, que vão decorrer este ano em Tóquio, e aos Jogos Paralímpicos Los Angeles2028, bem como os Jogos Paralímpicos Europeus de 2027.

Eleito para um primeiro mandato em março de 2017 e reeleito em março de 2022, José Lourenço quer também «apostar numa presença nacional nas estruturas internacionais, nomeadamente no Comité Paralímpico Europeu e no Comité Paralímpico Internacional».

O candidato assume ainda não ter fechada a lista – composta por cinco vice-presidentes, dois vogais, um secretário-geral e um tesoureiro -, e considera importante apostar na «reorganização e profissionalização da estrutura do CPP».

Criado em 2008, o CPP, cujos estatutos não aludem à limitação de mandatos, ao contrário do que passou a acontecer com o Comité Olímpico de Portugal durante o mandato de José Manuel Constantino, foi presidido por Humberto Santos, que deixou o cargo em janeiro de 2017 e foi substituído durante três meses por Fausto Pereira, entretanto derrotado por José Lourenço nas eleições de março desse ano.