
Prossegue inabalável a fortaleza que o PSV conseguiu construir no Phillips Stadion. Na receção à Juventus, o campeão dos Países Baixos banalizou a turma transalpina e reverteu a eliminatória a seu favor no recurso ao prolongamento (3-1).
Imbatível no seu reduto até ao momento na presente temporada, a formação comandada por Peter Bosz entrou em campo com a vertigem e energia que se exigia para uma equipa a precisar de golos. Com Noah Lang como principal dinamizador sobre a esquerda, os neerlandeses tentaram desbaratar a defensiva transalpina através de rápidas combinações, mas não encontraram, de imediato, espaço para incomodar Di Gregorio.
Algo desconfortável nesse período, a Juventus equilibrou o duelo de forma gradual e passou a controlar a partida nos minutos seguintes. À procura de tranquilidade, o conjunto bianconero teve em Koopmeiners e Francisco Conceição os principais dinamizadores na hora de rumar à baliza de Wálter Benítez, ainda que o perigo maior dos primeiros 45' tenha surgido por parte de outros intervenientes, numa altura em que Renato Veiga já tinha saído por força de um contratempo físico.
Cambiaso - rendeu o internacional português - subiu à área contrária e deixou as luvas do guardião argentino do PSV a arder e Kolo Muani desperdiçou a ocasião mais flagrante da etapa, depois de uma falha terrível de Flamingo. Reservavam-se as grandes emoções para os 45' complementares.
Como se costuma dizer, o regresso dos balneários fui como a água do vinho em relação ao que se tinha assistido. Rapidíssimos e endiabrados, os neerlandeses fragilizaram a defensiva italiana e chegaram à vantagem, depois das perdida inicial de Noa Lang. De resto, foi o mesmo o extremo, de 25 anos, a originar a loucura total dos adeptos da casa no seguimento de um passe de génio que encontrou a receção primorosa e a finalização ainda melhor de Perisic. Quem sabe nunca esquece!
Finalmente na frente e com o parcial das duas mãos empatado, o PSV não se contentou com a possibilidade de levar o jogo para prolongamento e prosseguiu o massacre junto da baliza de um inspirado Di Gregorio.
Totalmente desnorteada, a Juventus ainda virou um balde de água fria a partir do grande golo de Timothy Weah - remate de folha seca e de primeira desde a entrada da área -, só que a ambição neerlandesa foi muita e o tempo extra tornou-se realidade, por culpa do 2-1 da autoria de Saibiri.
Na meia hora adicional, a Vecchia Signora continuou a ser autenticamente banalizada por Noah Lang e companhia e o 3-1 chegou de forma inevitável. Flamingo foi à área contrária mostrar como se faz e carimbou a passagem do gigante dos Países Baixos, perante uma Juventus que tentou forçar as grandes penalidades. Sem sucesso, nem glória para os italianos, a justiça pendeu mesmo a favor do PSV!