Dia das grandes decisões! Com as contas ainda em aberto na última jornada, o Benfica procura garantir o passaporte para os playoffs da Liga dos Campeões, depois de um grande amargo de boca em pleno Estádio da Luz. Já a Juventus sonha ainda com a classificação direta para os oitavos do torneio ou, pelo menos, saltar posições na tabela classificativa.
Na sequência do empate caseiro frente ao Bologna, resultado que não foi certamente de encontro com as pretensões das águias, chegava a hora de enfrentar uma das melhores equipas da presente temporada: o colosso Barcelona. Contudo, os encarnados entraram na partida de forma destemida, sem receio, chegando mesmo ao golo precoce, por intermédio de Vangelis Pavlidis. Robert Lewandowski, aos 13', restabeleceu a igualdade, mas o internacional grego estava verdadeiramente inspirado, anotando mais dois tentos no primeiro tempo.
Os indicadores apontavam os três pontos para o caminho do emblema da Luz, porém, uma falha grave de Anatoliy Trubin na saída a jogar acabou por gerar uma redução no défice para o lado dos blaugrana. Ronald Araújo introduziu o esférico na própria baliza, poucos minutos depois, mas Lewandowski e Eric García foram os autores da quebra de euforia em Lisboa. Já nos descontos, o pesadelo da turma lusa intensificou-se: depois de um lance polémico na área dos catalães, Raphinha arrancou desde o meio-campo e só ficou satisfeito quando fechou a cambalhota no marcador. Um autêntico balde de água fria para os adeptos do glorioso...
Os bianconeri, depois de um triunfo convincente frente ao Manchester City, procuravam dar continuidade à série positiva na prova milionária. Contudo, na Bélgica, nem a formação de Turim, nem o Club Brugge, conseguiram encontrar o caminho para o fundo das redes. Num duelo pautado por um grande equilíbrio, Simon Mignolet e Michele Di Gregorio tiveram exibições bastante tranquilas, face à escassez de oportunidades flagrantes.
Uma vitória com um passaporte como brinde
Na antevisão ao encontro, Bruno Lage destacou a preponderância de sair de Turim com os três pontos: «É olhar para o que temos feito de bom. Vi um registo que o Benfica não vencia contra o Monaco há algum tempo e a equipa foi lá e venceu. É o que temos de fazer amanhã. É o último jogo desta fase. Tivemos uma excelente oportunidade para seguir em frente e pelos quatro golos que marcámos. Não conseguimos, mas amanhã temos essa oportunidade. Temos mesmo muita vontade de fazer uma boa campanha nesta Liga dos Campeões.»
Thiago Motta teceu rasgados elogios ao próximo adversário: «O Benfica tem uma equipa com grandes jogadores e um treinador com grande experiência em determinados jogos e vão querer exibir o seu potencial, mas nós, a jogar em casa, num ambiente especial, vamos fazer o mesmo. Queremos ganhar para fecharmos da melhor forma esta primeira fase.»
No que diz respeito ao onze inicial, os encarnados serão obrigados a fazer mexidas, face à suspensão de Álvaro Carreras, uma das principais referências da equipa na presente temporada. Jan-Niklas Beste deverá ser a opção utilizada para o lado esquerdo do eixo defensivo. A frente de ataque deverá ser guiada por Ángel Di María, Andreas Schjelderup e Vangelis Pavlidis. Já no outro canto da sala, a Vecchia Signora também deverá mexer no onze. Um dos destaques passa pelo regresso de Francisco Conceição, que poderá seguir diretamente para a equipa inicial após recuperar de lesão.