
Muito perto de se tornar campeão inglês, o Liverpool recebeu o primeiro colocado do campeonato francês, o PSG, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões após ter vencido na semana transata, em Paris, por 0-1.
Num duelo que prometia, a entrada de ambas as equipas foi bastante interessante. Intensidade, oportunidades, principalmente para os visitados, e um ambiente no estádio que favorecia os reds. Os primeiros 10 minutos foram de sobrevivência para os comandados de Luis Enrique que, por diversos momentos, perderam duelos individuais que podiam ter custado a eliminatória.
No entanto, e com tanta qualidade no plantel parisiense, foram mesmo os franceses a fazer o primeiro golo da partida. Um tento à imagem desta equipa, atrai o Liverpool, liberta espaço no meio para Dembélé transportar e passar para Barcola que encontraria o francês na área e numa má comunicação entre Konate e Alisson, apenas teve que empurrar para a baliza e assim fazer o seu 29.º da atual temporada pelos parisienses.
Um momento que ditou o cenário da primeira parte. Os reds com muita posse e, consequentemente, o espaço aumentaria para um trio que com espaço é letal. Tendo Kvaratskhelia, Dembélé e Barcola, não se pode dar “abébias”. Alisson ainda foi chamado a intervir e salvar o Liverpool da desvantagem na eliminatória.
Apesar do bom início do Liverpool foi o PSG que esteve superior em grande parte dos primeiros 45 minutos. Mais objetivos e com melhores oportunidades para dilatar o resultado. À semelhança do jogo anterior, a sorte esteve do lado dos ingleses.
Tendo por base a primeira parte, Arne Slot voltou dos balneários com uma estratégia diferente, dando a posse ao PSG e, igualmente ao trunfo usado pelos franceses, os reds quiseram sair em ataques rápidos e a partir daí conseguiram criar um maior ascendente ofensivo, mas o pior viria a acontecer ao minuto 73 com a lesão de Trent Arnold. O inglês é dos jogadores mais importantes neste momento do jogo.
Uma lesão que não influenciou a exibição do Liverpool. Continuou mais forte e num nível altíssimo na recuperação de bola, mas, em contrapartida, o PSG demonstrou ser, cada vez mais, uma equipa preparada para estes contextos, principalmente em processo defensivo. Pacho foi soberbo juntamente com Marquinhos, ambos protagonizaram a melhor exibição de uma dupla de centrais nesta edição da Liga dos Campeões.
Desta feita, o prolongamento viria a ser o destino mais justo desta eliminatória que foi jogada a um ritmo frenético, algo que apenas comprovou que estas são duas das melhores equipas da Europa.
Numa altura em que as pernas já não correspondem ao cérebro fica na retina a capacidade física dos médios portugueses do PSG. João Neves e Vitinha são um poço de energia que mete a equipa a jogar. Simplesmente fantástica a exibição destes dois jogadores que não impediram que o jogo fosse para os penáltis.
120 minutos de alto nível que terminaram no desempate na marca dos onze metros, onde não existe sorte, apenas competência, seja dos guarda-redes ou dos batedores. E acabou por ser o PSG que levou a melhor e enfrentará o Aston Villa nos quartos de final da Liga dos Campeões e pode agradecer a Gianluigi Donnarumma que foi implacável ao defender os penáltis de Darwin e Curtis Jones.