Na última quarta-feira, em entrevista à BBC, Lucy Bronze falou abertamente sobre como o autismo e o transtorno de défice de atenção e hiperatividade moldaram a sua vida e carreira.

«Não sei se diria que sou apaixonada, sou obcecada. É o meu autismo, é a minha hiper-focalização no futebol. Uma coisa que é muito boa para o TDAH e o autismo é o exercício. Ter essa concentração, algo para fazer, manter-me em movimento. Treinar todos os dias é fantástico para mim. Algumas das outras raparigas dizem: "Tens a certeza que tens 33 anos porque não paras?" Todas as coisas que tenho por causa do autismo funcionaram a meu favor», começou por dizer.

Além de referir o que mudou no futebol, a internacional inglesa abordou a forma como as perturbações alteraram a vida pessoal: «Foi um pouco como um abrir de olhos Aprendi mais sobre mim própria, compreendi porque é que em certas situações via as coisas de forma diferente das outras pessoas ou agia de forma diferente das outras pessoas».

«Ser incompreendida quando se é mais nova é muito difícil, e foi por isso que quis juntar-me à associação», notou, por fim, a embaixadora da associação National Autistic Society.

Aos 33 anos de idade, Lucy Bronze conta com uma carreira recheada de troféus: entre tantos, nota para as cinco Ligas dos Campeões.