
Luisão avaliou a presidência de Rui Costa no Benfica e defende que o antigo internacional português devia recandidatar-se.
«Avalio de uma maneira superpositiva. É um ex-jogador e é um ídolo. Não se discute a carreira e a experiência do Rui Costa. E agora, como presidente, acho que é uma referência muito grande para o Benfica no mundo inteiro, acho que quando se fala do Rui Costa, vão abrir-se portas para o Benfica. Em qualquer lugar do mundo. Acho que às vezes há contestação em Portugal, que é normal, é mais para desestabilizar o clube. Sei bem como funciona, mas sendo honesto, acho que o Rui Costa é o líder certo para o Benfica», apontou o antigo capitão dos encarnados, que regressou ao Brasil depois de 21 anos seguidos em Portugal, em entrevista à CNN Portugal e ao Maisfutebol.
«Se deve tentar a reeleição? Acho não, eu tenho certeza que ele tem de tentar, sim. Joguei com ele, além de atleta, é um amigo e um presidente também, e tenho a certeza que com ele o Benfica está no caminho certo. Ele é muito seguro no que faz e tem muita experiência», afirmou.
Luisão elogiou António Silva e Tomás Araújo e abordou a possibilidade de Otamendi e Di María renovarem.
«António Silva e Tomás Araújo surpreenderam-me. No início tive a oportunidade de treinar com eles, ensinei algumas coisas ao António Silva, que é um menino espetacular e um jogador de muita qualidade. O Tomás é a mesma coisa, um jogador também de muita qualidade. E depois temos ali um segredo, que se chama Otamendi e que os faz crescer. É muito bom quando se tem essa mescla de juventude com jogadores experientes, porque os jogadores jovens têm mais confiança para crescer e esses dois meninos cresceram muito depressa», disse.
«Acredito que todos os bons jogadores devem continuar. O Otamendi é um profissional exemplar. Fomos adversários primeiro, jogámos na mesma equipa depois e sempre vi nele um profissionalismo espetacular. Para mim, seria muito bom se ele continuasse. O Di María é a mesma coisa, é bom quando os jogadores de qualidade continuam no clube», acrescentou.
O ex-Benfica comentou o aumento de treinadores portugueses no futebol brasileiro e elogiou Jorge Jesus.
«Quando foi do primeiro trabalho do Jorge Jesus, não recebemos tão bem assim uma pessoa de outro país. É a minha opinião. Agora já é completamente diferente e vejo essa ligação benéfica, porque os treinadores que vieram têm todos qualidade», referiu, deixando um comentário sobre a segunda passagem de Jorge Jesus pelo Benfica.
«Fez um trabalho espetacular naquela primeira fase, fez com que nós jogássemos de olhos fechados, como ele diz. Mas na segunda passagem pegou uma outra geração e não conseguiu ter o mesmo rendimento. Para mim ele é o melhor treinador com quem eu trabalhei, sem sombra de dúvidas. Foi um treinador que aumentou a qualidade do meu jogo e prologou a minha carreira, porque é um detalhista, que treinava tudo até a exaustão, até chegar à perfeição. Por isso, para mim foi sem dúvida nenhuma o melhor com quem eu já trabalhei», afirmou, abordando ainda a troca de Roger Schmidt por Bruno Lage: «Bruno Lage tem carisma e já conhecia a casa. O Roger Schmidt foi campeão no primeiro ano, não ganhou a Liga dos Campeões, mas fez um trabalho muito bom. Depois, no segundo ano, caiu de produção e eu acho que a pessoa certa para assumir o clube era mesmo o Bruno Lage: já foi campeão no Benfica, estava no mercado, já conhecia o clube e conhece a dinâmica desde as camadas de formação.»