«Estava a precisar de ritmo competitivo nesta fase da temporada, por isso a prova teve algumas coisas boas e outras más», começou por referir Miguel Nascimento a A BOLA após ter conquistado o título dos 50 livres no primeiro dia do Nacional Open de Portugal, que decorre no Jamor até domingo, ao registar 22,61s.  

Tempo aquém dos 21,90s que detém como máximo pessoal desde 2022, e também curto para alcançar o mínimo A (22,05) para o Mundial de Singapura, em julho, o seu grande objetivo, mas suficiente para bater os principais rivais na prova Miguel Marques (Benfica, 23,03) e João Padrela (Naval Funchal, 23,19).

Note-se que o recordista de Portugal Diogo Ribeiro (21,87), igualmente do Benfica, não participou por já ter marca de apuramento para o campeonato do mundo, assim como nos 50 mariposa, e por isso neste Nacional desejou estar apenas focado na obtenção de mínimos nos 100 livres e 100 mariposa para Singapura.

«Na final houve alguns aspectos da prova que já não fazia há algum tempo e esse foram os positivos a que me referia, mas, agora, falta a parte competitiva. Que é o mais importante para alinhar tudo e conseguir chegar mais perto do meu melhor tempo», contou ainda o velocista olímpico das águias.     

«Ainda terei a prova na Irlanda na próxima semana e tempo para ver o que há a ajustar até lá, mas neste campeonato ainda irei nadar os 50 mariposa e 100 livres para aproveitar a forma em que me encontro e competir, de forma a que na Irlanda as coisas saiam mais certas e com os menos erros possíveis»

«Ainda há muito campeonato pela frente, não só para mim, e desejo que corra tudo bem para aqueles que procuram mínimos, e não só, para que a natação portuguesa continue a evoluir e se possa competir cada vez melhor lá fora», concluiu Nascimento que nas eliminatória já havia sido o mais veloz (22,57) na prova mais curta do programa entre 87 participantes no Open.