Presidente da SAD do emblema minhoto realçou que a obra não colocará entraves às ambições europeias do clube

O líder da sociedade desportiva considerou que é "com entusiasmo" que vê a "luz ao fundo do túnel" deste projeto, "verdadeiramente importante para o Famalicão". "É um equipamento que pode criar uma nova centralidade. Como hoje, se formos ao Estádio do Dragão, percebemos que é uma nova centralidade do Porto ou a zona da Alvaláxia em torno de Alvalade é uma zona central de Lisboa. Estou convencido do sucesso e podemos ficar na história. Até pode ser entusiasmante para quem queria investir num ambiente destes, com um lugar em que já está inserido o Estádio Municipal, uma âncora tremenda, porque queremos trazer pessoas sete dias por semana, e não só de 15 em 15 dias ao local", começou por dizer Miguel Ribeiro, realçando que não quer que o espaço tenha adesão "só na hora do jogo": "Acredito que este entusiasmo esteja replicado em qualquer investidor. Famalicão é um concelho em crescimento, uma referência, porque se torna cada vez mais importante, mas parece-me que há uma ausência de espaços comerciais, de hotelaria e hospitais privados que podem caber dentro destes metros."
Afirmando que o clube está "pujante" e vive "o que nunca viveu" pela forma como "projeta os jogadores e a marca", Miguel Ribeiro também prometeu que as ambições desportivas não ficarão afetadas com a construção de um novo estádio. "Se chegar à Europa antes da construção? Não tenho dúvidas que o nosso futuro será melhor do que o nosso presente. Se olharmos para um plano médio dos últimos anos, o Famalicão é o sexto classificado português. É um facto, não é uma opinião", disse.
E prosseguiu: "Considerando que o ranking português está a evoluir e que o 4º e 5º lugar conseguirá chegar às competições europeias, o Famalicão é um clube que está às portas da Europa. Este será um caminho para ganhar. Considerando que há, no futuro, a possibilidade de um estádio novo, é uma condicionante que não nos afastará nesse caminho."
"Se os 10 mil lugares serão suficientes? Sempre disse que o grande desafio do nosso estádio é permitir jogar em casa. Queremos que o estádio se mantenha pintado de azul e branco. Temos jogos em que as assistências crescem, mas temos sempre uma assistência local e nossa", detalhou o presidente da SAD, afirmando que "seja o Casa Pia ou o Benfica" a vir jogar ao Minho, o estádio é "dos adeptos famalicenses": "Isto é o caminho a seguir, porque quem vem ao estádio são os habitantes de Famalicão."
José Pina Ferreira rendido à SAD famalicense
O presidente do clube minhoto, José Pina Ferreira, afirmou também que vê esta construção "com muito agrado" e apontou a SAD famalicense como uma das principais responsáveis pela obra. "Temos a consciência de que, sem ela, isto não era possivel. Temos de ter confiança e acreditar nas pessoas, eu acredito", começou por dizer o líder dos minhotos, particularizando o presidente da SAD: "Acredito muito no Miguel [Ribeiro], porque teve a capacidade de procurar este parceiro. O Famalicão hoje, é o que é, porque arranjou um bom parceiro."