É dia de começar as grandes decisões para o Benfica. Os encarnados entram, esta quarta-feira, no playoff de acesso à fase a eliminar da Liga dos Campeões e reencontram o Monaco, um dos seus adversários da fase de liga.

O Stade Louis-II volta a ser palco de um encontro entre monegascos e encarnados, apenas três meses depois, sendo que este duelo tem a adição de ter caráter decisivo para as contas da eliminatórias. Em novembro, as águias levaram a melhor e venceram por 2-3, num jogo marcado por alguma polémica, ao nível de arbitragem, e emoção até ao fim.

Do lado da casa, este jogo, além de importante na eliminatória, tem o adoçante de «vingança», após o referido duelo na fase de liga. Tal poderá ser um ingrediente extra para o jogo e para o qual o Benfica terá que estar atento. Mawissa é ausência devido a castigo e deve ser substituído por Salisu, juntando-se ainda as lesões de Singo - figura desse 1º duelo - e Balogun. A aposta deve passar pelo 4x2x3x1, até para reequilibrar o meio campo.

«O Benfica é uma equipa diferente sem Di María, mas ele não é o único que pode ser decisivo. O Pavlidis, por exemplo, está em grande forma. O Benfica é bom na construção, tem um bom estilo de jogo e é uma das melhores equipas da Europa nas transições. Teremos de ter cuidado para evitar cometer erros desnecessários», apontou Adi Hutter, na conferência de imprensa, de antevisão da partida.

Do outro lado temos um Benfica motivado pelos últimos resultados - três vitórias seguidas -, mas que tem vindo a mostrar, a espaços, algumas debilidades defensivas. Neste jogo é fundamental elevar o seu jogo nesse campo, até porque há uma 2ª mão a ser disputada em Lisboa.

«Já joguei três vezes contra o treinador do Monaco, por isso, não falo de arbitragem, mas eu tenho boa memória. Sobre o jogo, nesta altura da competição é 50-50. Sabemos que o Monaco é uma grande equipa. Vencemos o jogo na primeira fase, mas agora é diferente. Temos de vencer o jogo e decidir a eliminatória na Luz. Eu vejo sempre a equipa motivada e a tentar crescer naquilo que é a minha ideia de jogo. O treinador adversário elogiou-nos muito na transição ofensiva, mas também quero que a equipa cresça noutros momentos, na organização defensiva, no controlo do jogo», apontou Lage, na antevisão da partida.

Bruno Lage, no entanto, tem algumas decisões a tomar. Para este jogo não conta com os lesionados Manu Silva e Bah - além de Renato Sanches e Tiago Gouveia -, mas tem, ao que tudo indica, à sua disposição Di María, regressado de lesão. Tomás Araújo deve assumir a direita e Florentino Luís o miolo defensivo, mas António Silva também deve regressar. Será que Di María começa de início ou será arma a sair do banco?